FAMÍLIA ALHUSSEM

Em outubro de 2014 o Brasil abriu as portas para o casal Adham Alhussen e Nejod Alhussem, e também para os seus filhos Remah, Shams e Nour.
A família vivia uma vida perfeita na cidade Sweida, na Síria. Tinham uma boa condição financeira, casa, luz, acesso ao hospital, os filhos podiam ir para a escola tranquilamente. Não havia temor, medo, não existia violência e nem roubos.
Em 15 de março de 2011, após inúmeros protestos populares, começou no país um conflito interno armado que envolvia lutas de poder e questões religiosas. Em 12 de julho de 2012 o conflito foi classificado como Guerra Civil Síria.
Posteriormente, em 2013, a situação no país ficou ainda mais complicada, quando o grupo conhecido como Estado Islâmico começou a reivindicar territórios na região.
A vida perfeita dos Alhussem havia acabado. Por consequência da Guerra eles não tinham mais água, luz, gás. Remag, Shans e Nour não podiam ir a escola. A violência aumentou, assim como os ladrões. O roubo e tráfico de pessoas estavam se tornando cada vez mais comuns.
Adhan e Nejod tem como prioridade cuidar de seus filhos. Para protegê-los e proporcionar a eles uma boa condição de vida buscaram um novo país para viver e seguir em frente. A opção mais segura e prática foi a mudança para o Brasil. Na época, o país abriu as portas para os refugiados, principalmente os da Síria. Isso foi um ponto positivo para os Alhussem mudarem para o Brasil.
A família saiu de forma legalizada da Síria, mas no Brasil foram recebidos pelo governo como refugiados devido à situação em que se encontravam, pois não tinham nada além de um ao outro.
Quando chegaram a primeira cidade em que moraram foi Espírito Santo, em Minas Gerais. Pouco tempo depois, passaram a morar na cidade de Ponta Grossa, no Paraná.
A família síria cristã foi acolhida pela organização Missão de Apoio a Igreja Sofredora (MAIS). A instituição cedeu uma casa, custearam contas de luz e água até eles conseguirem se estabilizar na cidade e conseguiram bolsa de estudos para os filhos em um colégio particular.
Hoje, Adhan e Nejod são proprietários e administradores de um restaurante com comida típica da síria na região central de Ponta Grossa. O casal enfrentou junto um grande desafio de sobreviver e proteger sua família. A cada dia conquistam uma nova vitória.

Família AlhussemFamília Alhussem. Adhan, Shans e Nejod em Ponta Grossa

Confira a entrevista com a família Alhussem:

 

Nossa experiência

Estávamos bastante ansiosos para ouvir a história da família. Marcamos a entrevista duas vezes para que pudesse se concretizar

No dia 16 de março, em uma quinta-feira, após sairmos da faculdade, fomos então para o local da entrevista, localizado na Rua Balduino Taques. A família é proprietária de um restaurante que vende “Shawarma”,

Ao chegarmos lá, a entrevista que estava marcada para as fez horas da noite, teve de ser adiada por mais algumas horas. Enquanto esperávamos ficamos sentados em um sofá no canto do estabelecimento, enquanto observávamos a correria na qual a família de submetia todos os dias.  Os clientes não paravam de chegar.

Aguardávamos ansiosamente pelo depoimento.

Passado quase uma hora e meia após a nossa chegada ao estabelecimento, conseguimos então iniciar a gravação. A família já estava cansada de um dia todo de trabalho e desgastante,

Percebíamos conforme fazíamos as pergunta o quanto eles se sentiam protegidos no nosso país, em emoções e descontrações. A entrevista durou em torno de uma hora.

A entrevista foi encerrada após escutarmos o barulho de um acidente que carro, em que dois veículo colidiram bem em frente ao estabelecimento da família.

Ficamos assustados com o barulho e fomos verificar o que havia acontecido. Como nada de grave aconteceu, finalizamos a entrevista e concluímos  o dia com a sensação de dever cumprido.

 

 

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