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Literatura indígena no currículo escolar ainda é desafio

A literatura indígena se deu início na década de 1980, pela procura de materiais didáticos utilizados nas escolas. Sua contribuição no ensino é valorizar a diversidade, cultura e sociedade.

Por Elisangela de Quadros

Segundo a lei 11.645/08, a inclusão de História, cultura Afro-Brasileira e indígena em todas as escolas brasileiras, públicas e privadas do ensino fundamental e médio é obrigatória, porém foi notado que essa obrigatoriedade não está sendo cumprida, mesmo que seja um assunto essencial para o aprendizado, poucos colégios aderem ao ensino.A representante do CEAI – Coletivo de estudos e ações indígenas, Leticia Fraga contesta que a literatura, de maneira geral, não é necessariamente foco nas escolas. “Até esse momento, não existe nenhum colégio que tenha inserido a literatura indígena em seu currículo escolar. Nesse sentido, entendemos que dependerá do planejamento docente o trabalho com autores e autoras indígenas em suas aulas”, comenta.

Há quem faça

Um exemplo é o Curso e Colégio Dynâmico, que aderiu em seu currículo escolar à disciplina de arte indígena. A ex-aluna Emily Kauany da Silva alega ter aprendido a respeitar e amar outras culturas com os ensinamentos. “É legal você aprender sobre outros povos, aprender suas danças, músicas, suas falas e posicionamentos. Acredito que teríamos um mundo melhor se todos tivessem a mesma oportunidade que eu tive, assim amenizaria o preconceito cultural”, afirma.

Leticia Fraga explica a importância de trabalhar com diferentes culturas com os alunos. “Em termos culturais, seria primeiramente discutir e problematizar com estudantes outra maneira de olhar e compreender a literatura brasileira. E, para além da compreensão do que seria essa literatura, a leitura de escritores/as indígenas trará discussão de temas e visões de mundo muito diferenciadas, o que possibilitará uma ampliação de conhecimento de variadas culturas”, alega.

Trabalhar com diversas culturas, também é uma forma de crescimento pessoal do aluno, tanto para o convívio em sociedade, quanto para uma futura vida acadêmica. Existem alguns artigos que trabalham essa ausência, a exemplo do trabalho de Ana Paula Teixeira; Porto, Luana Teixeira, que discutem a questão em“O espaço o texto literário na Base Nacional Comum Curricular”. disponível em <https:/./online.unisc.br/ser/.index.php/signo/article/view/12180>).

Créditos das imagens: CEAI –Coletivo de Estudos e Ações Indígenas.

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