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Educação inclusiva: uma forma de respeitar as diferenças

Por Elisângela Schmidt

A educação  inclusiva no ensino regular também é um direito garantido por lei

A educação inclusiva consiste em um ambiente educacional sem limitações e segregação, um lugar que crianças, adolescentes e jovens com mobilidade reduzida ou necessidades especiais possam aprender e vivenciar as experiências juntamente com qualquer outro aluno no ensino regular. Com este modelo de ensino, as diferenças não são tidas como algo ‘anormal’, mas sim valorizadas e respeitadas. Crianças que crescem em ambientes mais inclusivos, aprendem com as diferenças e se tornam adultos menos preconceituosos.

A política para estabelecer e instituir a educação inclusiva passou a vigorar a partir de 2008, que foi elaborada com bases nos direitos garantidos na Constituição Federal de 1988 e também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, pra que para que a educação especial fosse uma modalidade complementar de ensino e não um sistema obrigatório e à parte, que substituísse o sistema regular.

Para muitos pesquisadores, educadores, pais e mães a volta para entendimentos anteriores a 2008 é regressão do ensino e também como sociedade. Em entrevista à BBC, a pedagoga Maria Teresa Mantoan, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Unicamp. “No Brasil, só existe um sistema de ensino, que é o ensino comum regular. Quem está em uma escola especial não está cumprindo o período de escolaridade obrigatória. Qualquer escola assim já deveria ter sido fechada desde 1996.”, explicou a pesquisadora.

Michella Albuquerque França é atriz e mãe do Lucas, de 13 anos, que está no espectro do autismo, e que frequenta escola desde um ano de idade. Para ela o ensino trouxe muitos benefícios para a vida do filho. “No caso do Lucas o principal ganho é a interação com as crianças e professores. Ele melhorou a concentração nas pessoas, pois para ele era muito difícil responder comandos e entender o outro, e com a convivência diária com várias pessoas, conversando, brincando e acolhendo, o seu desenvolvimento social progrediu muito.”, contou França.

No depoimento abaixo, Michella explica melhor sobre a escolha pelo ensino regular para seu filho:

Para Cleuci Martins, neuropsicopedagoga, professora, e também mãe de duas crianças com necessidade especiais, é  importante saber as diferenças e importância de cada escola, mas muito além disso, é preciso conscientizar a população, educadores, crianças e sociedadepara o acolhimento, empatia e infraestrutura adequadas para a inclusão, de forma a proporcionar uma qualidade de vida melhor para todos.

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