Ponta Grossa

Conheça o poder da recreação infantil

Atividade com grande potencial para auxiliar no desenvolvimento das crianças.

Por Milena Batista e Ana Júlia Cardoso

De acordo com o site “Mini-Vila”, a recreação infantil é uma das melhores atividades às crianças. Ajuda no desenvolvimento de cada uma delas, seja na coordenação motora, trabalho em equipe, socialização, criatividade e confiança. Atividades como pintura, facilitam o conhecimento das cores, já os jogos de tabuleiro são excelentes para a concentração e o foco.

No entanto, segundo pesquisa da Globo, depois da pandemia 65% das crianças preferem brincar no celular a brincar ao ar livre, o que preocupa muitos pais. “Para a criança, o brincar é importante porque dá a ela o poder de tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar”, explica Tizuko Kishimoto, professora especializada em educação infantil, para o site “Gente.Globo”.

Arquivo pessoal Larissa Miranda

Davi Leiria, de 22 anos, trabalha com recreação infantil há cinco anos. Para ele, essa atividade traz para as crianças autoconhecimento, autoconfiança em relação a si mesmo, além de ser essencial para o desenvolvimento da criatividade de cada uma delas. “É um momento em que a criança sai da rotina da escola e faz com que elas entendam que podemos seguir regras e se divertir ao mesmo tempo”, completa.

Quando Leiria iniciou na área, teve o mesmo sentimento de uma criança entrando em uma loja de brinquedos. “Foi uma mistura de sentimentos. Muita felicidade e prazer e ao mesmo tempo um pouco de insegurança por não saber o que fazer no começo”, conta.

Para Davi, a recreação infantil é essencial para a socialização das crianças. “Principalmente agora que estamos voltando a viver pós pandemia, a interação com outras crianças é muito importante para elas conseguirem desenvolver as fases do seu crescimento em conjunto com os colegas”, afirma.

Arquivo pessoal Davi Leiria

Segundo ele, para quem gostaria de seguir esse ramo, é necessário pesquisar sobre recreação, já que é uma área muito ampla. “Tem que entrar de coração aberto e se permitindo viver tudo o que será proporcionado. Para mim, é um trabalho seletivo, ou você ama, ou percebe que não se encaixa”, diz.

A parte que Leiria mais gosta na recreação é o sentimento que é transmitido às pessoas que participam das atividades. “Ver o sorriso, o abraço, o agradecimento e escutar que mudamos o final de semana ou o dia delas. Hoje sou uma pessoa muito mais leve, aprendi a viver cada momento como se fosse o único”, comenta.

Um dos perrengues que Davi já passou foi precisar de ajuda para tomar banho depois das brincadeiras. “Sempre acontece de quebrarem objetos como óculos e celulares. Mas o pior foi ter alagado um quarto de hotel”.

Já Larissa Miranda, está na área há três anos. Ela diz que não consegue esquecer como foi seu primeiro momento na recreação: “Foi uma sensação de prazer e vontade de viver aquilo tudo o que eu sentia, cada hormônio da felicidade sendo produzido dentro de mim. Tive a certeza de que era aquilo que eu queria para a minha vida”.

De acordo com Miranda, o primeiro passo para trabalhar com recreação é amar o que faz: “Quando amamos o que fazemos, nunca seremos escravos do trabalho. É preciso começar estudando a área, analisando possibilidades de viagens e sempre buscando evoluir. A melhor parte é poder mudar a vida de alguém. O sorriso no rosto das crianças, além da satisfação das pessoas que passam por mim”.