Brasil

Combatendo a Obesidade Infantil

A má alimentação com produtos industrializados e o sedentarismo têm causado grandes riscos para a saúde das crianças

                      

Por: Dulce Pais, Eric Bittencurt, Kelly Kuki, Lucas Navarro, Maria Juliana

 

Filhos de pais obesos têm 75% de chances de se tornarem crianças obesas. Muito mais que uma questão estética, o quadro de obesidade pode gerar diversos problemas na saúde física e psicologia da criança. Segundo dados do Ministério da Saúde, um terço das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade está com excesso de peso e 8,4% dos adolescentes são obesos.

 Salgadinhos, refrigerantes, fast food e bolachas recheadas, são os principais vilões com alto nível de sódio, gordura saturada e conservantes que podem acarretar diversas doenças como diabetes, hipertensão, colesterol, triglicérides e depressão.

Segundo a nutricionista Michelli Dias, a obesidade infantil vem de vários fatores e entre eles está a genética. Entretanto são os maus hábitos alimentares e problemas como a ansiedade que causam impacto. “A obesidade infantil tem prevenção e tratamento, com reeducação alimentar, atividades físicas e exercícios”, explica.

Soltar pipa, jogar futebol e correr, não fazem parte da vida do estudante Eduardo Stremel (12 anos), que mora em um apartamento com a mãe Maria Rita Stremel. Ele conta que não gosta de atividades físicas porque são muito cansativas. “Prefiro ficar aqui no meu quarto jogando videogame, mas eu queria ser magro para não zombarem de mim na escola, me chamam de gordo”, completa.

A auxiliar administrativa, Sandra Galvão (23), conta que quando tinha 3 anos de idade comia dois pães franceses com presunto e queijo. “Minha mãe achava que se eu fosse uma criança gorda, seria saudável, porém além do bullying que eu sofria na adolescência, até hoje trago consequências disso, fui diagnosticada com diabetes aos 12 anos”, relata.

Obesidade infantil x vida escolar

É fato que o crescente número da população infantil acima do peso já é questão de saúde pública e que apresenta muitos fatores. Frente a isso, a escola e as unidades de saúde têm papel importante na vida das crianças e devem colaborar nas atitudes e comportamentos, desenvolvendo atividades físicas e de nutrição como estratégias de prevenção.

Na maioria das vezes crianças acima do peso sofrem no ambiente escolar. Não raro são motivo de chacotas e piadas entre os colegas, tendo como consequências notas baixas, vontade de abandonar a escola, a não aceitação da sua aparência e até depressão. Nessas situações o apoio da família é fundamental, assim como a busca por auxílio de um profissional, que pode ajudar muito a criança a enfrentar este momento.

Dicas de atividades físicas para crianças

A natação traz alguns benefícios para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, desenvolve a musculatura, melhora a capacidade respiratória e a circulação sanguínea, ajuda a controlar o peso, desenvolve a coordenação e o intelecto, melhora a qualidade do sono, cria momentos de diversões e deixa a criança mais confiante.

Balé, karatê e futebol também são ótimos exercícios que ajudam na coordenação motora, flexibilidade e postura das crianças fortalecendo músculos e tendões.

Alimentos ricos em vitaminas

Vale ressaltar que uma alimentação regrada com frutas, verduras, carboidratos e sucos naturais, além de trazer vários benefícios para a saúde da criança, também auxilia no desenvolvimento físico e neurológico.

A cenoura é o alimento que mais tem vitamina A, importante para o crescimento adequado e diferenciação dos tecidos de vários órgãos, em especial, os olhos. Já a vitamina B, auxilia no crescimento, desenvolvimento e várias funções metabólicas e está mais presente na carne. O limão, a laranja e a cereja são ricas em vitamina C, que ajuda na prevenção de doenças. A vitamina K, é importante para a formação, desenvolvimento e manutenção dos ossos, para a coagulação sanguínea, para a síntese de proteínas plasmáticas, para a boa eficiência dos rins e na manutenção dos tecidos, pode ser encontrados em vários alimentos, como alface, aspargos, brócolis, espinafre, pepino, entre outros.

Crianças, adolescentes e adultos devem ter um cuidado maior em sua alimentação, sem exageros e sem deixar faltar o essencial. Desta forma é importante ter sempre na geladeira comidas que complementam as refeições, além da preocupação em criar pratos diversificados e até divertidos como incentivo para as crianças.

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