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A repercussão do homicídio de Marielle Franco em Ponta Grossa

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Membros do PSOL prestam condolências à vereadora assassinada no RJ

Por Amanda Stefaniak e Andrea Borges

Mais um ato de violência chocou o país ao tirar a vida de duas pessoas, Marielle Franco, vereadora do PSOL-RJ e seu motorista, Anderson Pedro Gomes. Ambos foram brutalmente assassinados à queima-roupa por volta das 21h30 da quarta-feira (14), na Rua Joaquim Palhares, bairro do Estácio, Região Central do Rio de Janeiro.

A Polícia Militar informou que o automóvel conduzido pelos assassinos seguiu o carro e, ao emparelharem lado a lado do veículo onde estava a vereadora, dispararam um fuzil pelo menos quatro vezes na cabeça da vítima.

Líder e vereadora do partido socialista, Marielle era vista como grande ícone na luta das minorias, como negros e pobres. Em nota sobre o crime, o PSOL lamenta a perda de sua representante e exige apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. “A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta”, enalteceu o Partido.

O caso teve uma grande repercussão por todo o país, inclusive em Ponta Grossa, onde houve um manifesto realizado pelos partidários da vereadora na Praça Barão de Guaraúna, no dia 15 de março. Sobre o crime, João Luiz Stefaniak, conta que toda a militância ficou chocada com o crime que considera bárbaro e que atingiu uma pessoa muito especial. “Não só por ter sido a vereadora mais votada no RJ, mas porque ela representava para o conjunto do nosso partido a resistência contra a violência do crime organizado e também do Estado de exceção. A morte de uma mulher guerreira como Marielle, justamente no mês que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, foi muito simbólico e comoveu a todos”, declarou.

Com a participação de mais de 80 pessoas, estiveram presentes no manifesto diversos representantes de outros movimentos sociais. “Esse ato serviu para reforçar nosso compromisso de dar continuidade a luta de Marielle, e a chuva fina que caia se misturou as lagrimas de todos nós”, conclui Stefaniak.

Além do manifesto houve também um ato ecumênico em memória ao sétimo dia da morte da vereadora (20) na Estação Saudade. Gislaine Indejejczak, feminista e representante do setor de mulheres do PSOL,  conta que os militantes do partido souberam da morte antes mesmo da família de Marielle. “No primeiro momento quando soube do assassinato me senti assustada com tamanha violência, os membros do partido temiam que esse crime fosse como tantos outros que passam despercebidos nos dias de hoje. É uma grande perda, pois a luta da vereadora é muito grande principalmente na defesa da mulher brasileira”, explicou.

Durante a homenagem foram realizados orações e cânticos feitos por seguidores do Candomblé, mesma religião de Marielle. Lorene Camargo e Ana Caroline Martins, afirmaram que a vereadora era filha de pai de santo, sempre defendia as mulheres negras e sua afrodescendência, principalmente pela discriminação que os negros ainda sofrem na sociedade.

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