Por Silvia Ajuz Ferreira e Julikelly Nascimento

Em um país com 204 milhões de habitantes, sendo a população constituída pela mais genuína mistura de raças entre as quais, brancos, pardos, negros e indígenas, é assustador pensar que, no Brasil, o índice da mortalidade causada pela violência afeta predominantemente os indivíduos da raça negra.

As pessoas negras que já sofreram casos de agressão carregam além das marcas da violência, o estigma do preconceito e da rejeição perante a sociedade. Há de se pensar que a discriminação por causa da cor da pele gera um comportamento de hostilidade onde o negro leva na própria existência o caráter de menos qualificado ou de criminoso.

As pessoas acostumaram-se com a imagem estereotipada do negro pobre, bandido ou “suspeito”. Os jovens negros de baixa renda, ou que moram nas periferias são frequentemente alvos da polícia e de mortes violentas.

Segundo um relatório divulgado pela Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República, em 2014, o jovem negro tem 2,5 vezes mais chance de ser morto. Somente em relação aos homicídios, o estado da Paraíba é o que apresentou maiores riscos, sendo 13,4 vezes maior a chance de ser assassinado do que um jovem branco.

O grande número da mortalidade de negros na nossa sociedade é um sintoma grave gerado pelo preconceito e também pela falta de oportunidades, como a educação e a possibilidade de viver um viva em que se possa desfrutar do respeito mútuo.

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