BrasilCampos GeraisDestaquesMundoParanáPonta Grossa

Final de ano: mesmo com pandemia, a disponibilização de serviços temporários aumenta.

Por Maria Eduarda O. Malucelli e Luiza Gabriele A. Rocha

Com a demanda do comércio, mais de 200 mil vagas devem ser preenchidas até o final do ano em todo o Brasil e 82,5% das empresas possuem interesse em efetivar grande parcela dos trabalhadores temporários.

Sem uma previsão realmente concreta da chegada da vacina contra a COVID-19, ou grandes explicações sobre a segunda onda, o Brasil vem pisando em ovos para não se render ao confinamento total, uma estratégia que talvez não tenha sido a mais sábia, mas segue resistindo. Com isso, o final de ano no comércio vem se mostrando receptivo para a tradicional maratona de compras de natal e ano novo, e assim, por consequência, aumentam as vagas de emprego temporárias com potencial para se tornarem fixas. Mais de 200 mil vagas devem ser preenchidas em todo o Brasil.

De acordo com uma pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio- PR), existe maior chance dos trabalhadores temporários se tornarem fixos justamente por conta das vagas que foram perdidas ao longo de 2020 devido a pandemia.

Os números apresentados confirmam que 82,5% das empresas pretendem contratar temporários, e que também possuem interesse em efetivar grande parte desses trabalhadores, em uma taxa de 14% a mais em comparação ao ano de 2019.

O presidente da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário), Marcos Abreu, afirma que a oferta de vagas se deve, em partes, por muitas empresas já estarem com o quadro de funcionários reduzido em função da pandemia, o que contribuiu muito para gerar uma grande necessidade de trabalhadores temporários para atender a demanda.

Um exemplo de carteira assinada em crise é o Andrei Sousa, que pouco antes da pandemia ficou desempregado e agora, no final do ano, conseguiu retornar ao mercado de trabalho.

Andrei conta que a vaga surgiu em um momento de desesperança, pois já havia feito a seletiva para a vaga há muito tempo, mas não teve o retorno no prazo: “(…) Eu fiz a entrevista e a prova. Eles ficaram de me responder em menos de uma semana, mas aquela semana passou e nada… Passou mais outra, e eu segui enviando os currículos em diversos lugares. Um dia depois que eu fiz uma entrevista em outra loja, eles me chamaram dizendo que eu passei. A sensação de alívio que eu estou sentindo é tudo que eu precisava!”.

Imagem cedida por Lune
Imagem cedida por Lune

Mas também tem a oferta de empregos em home office, como no caso de Lune Zaelli*, operadora de teleatendimento, que começou com um cargo temporário, mas devido ao seu desempenho, foi efetivada na empresa.

“Eu comecei no trabalho para ajudar nas despesas de casa e da faculdade. Às vezes fica difícil conciliar com o horário dasaulas, mas venho me esforçando para manter os dois”, desabafa Lune.

*Nome fictício.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *