Especialistas esclarecem as principais dúvidas dos eleitores
Por Gabriel Ribeiro
Em ano de eleições, diariamente jornais disparam pesquisas eleitores. Nas redes sociais dos veículos de comunicação, os internautas comentam que a informação não é confiável ou que o que ela não representa a sua opinião.
Hoje, vamos entender um pouco mais sobre esse processo que mostra as intenções de votos. Dois especialistas, sendo o Diretor da Ângulo Pesquisa, Fabio Alexandre Parreira Junges e o Sociólogo, professor universitário e CEO da Vérum Pesquisas, Arilson Sabadin esclarecem as principais dúvidas dos eleitores. Ambos possuem uma vasta experiência na área. (quanto tempo?)
Antes de começar, é preciso entender que existem dois tipos de pesquisa, são elas: quantitativa e qualitativa. Enquanto a primeira busca as respostas mais objetivas dos entrevistados, a segunda procura se aprofundar e qualificar, as respostas, como o próprio nome diz. Vai além do sim e do não, ela quer entender os motivos que levaram o eleitor a escolher aquela questão.
Processo
Para que o resultado chegue nos jornais, o processo para fazer a pesquisa é minucioso. Na prática, existem uma série de possibilidades de realizar uma análise. “Tudo vai depender do que o cliente contratou. Se for uma qualitativa, fazemos um questionário mais elaborado e até mesmo presencialmente.”, explica Arilson. “Se for uma quantitativa, podemos fazer através de uma ligação, e-mail ou outras maneiras”, complementa o CEO.
O tempo que a pesquisa será entregue para o contratante é algo que gera muitas dúvidas. Fabio afirma que leva horas para entregar o resultado para o seu cliente. “Nós finalizamos em 24 horas após o término da mesma. Algumas, que tenha apenas questões objetivas (quantitativa) o prazo é de duas horas após o término.”, explica o diretor.
Por outro lado, Arilson afirma que depende do que foi contratado e como o cliente quer o resultado. “Varia muito, depende do tamanho da equipe que tenho a disposição e tecnologia que vou usar. Algumas eu consigo entregar em um dia, outras podem levar um pouco mais de tempo”, saliente o CEO.
Neste link você pode conferir um questionário de uma pesquisa qualitativa desenvolvido pela CESOP/Unicamp em 2006 link (para o impresso?)
Preço
A maioria das pessoas que encomendam pesquisas são candidatos, mas os especialistas lembram que esse serviço não se restringe apenas aos políticos. “Qualquer pessoa pode contratar a pesquisa”, conta Fabio (é sem acento mesmo?). Em contrapartida, Arilson alerta que o custo desse trabalho é alto. “Os valores partem de 3 mil reais e podem chegar a 150 mil reais.”, afirma. “O mínimo de uma pesquisa é em média R$ 5 mil , chegando a custar até R$ 25 mil.”, fala Fabio.
Confiabilidade
Em meio aos comentários das pesquisas, eleitores alegam que a mesma não é confiável e não representa a sua opinião. Arilson acha válido esse argumento e até usa uma frase para ilustrar melhor sua opinião. “A pesquisa é menos confiável que um anticoncepcional”, afirma. Para ele, o resultado não é uma verdade absoluta, é apenas um indicador de intenção de votos.
O diretor da Ângulo Pesquisas tem outra opinião. “A pesquisa é feita com critérios estatísticos, acompanhada de um estatístico, não tem como dar errada. A pesquisa é confiável sim! Mas, para provar, somente quando fazemos na semana das eleições, e os resultados baterem com a urna”, defende. “Nossa empresa tem acerto de 98% das pesquisas registradas. Só erramos a pesquisa quando há um fato isolado, que faz as pessoas mudarem de opinião em cima da hora”, afirma.
Período eleitoral
Apesar de ser muito comum, as pesquisas eleitorais nos anos de eleição, os especialistas afirmam que não fazem essa análise somente nessa época. Eles afirmam que o estudo não tem o mesmo intuito de intenção de voto, geralmente é algo mais administrativo e satisfação, para saber como está sendo o mandato do candidato eleito. “Noventa e nove por cento das pesquisas são para uso interno! Apenas 1% é mostrado para o público. A equipe interna usa esses dados para analisar os pontos fracos e verem o que podem melhorar”, finaliza o professor.