Veterinária aconselha sobre adoção de animais

Por Kamila Ferreira

Diariamente animais de rua são resgatados quase sempre em situações de risco. Muitos deles são deixados na rua pelos próprios donos quando estão prestes a ter filhotes eessa prática do abandono está cada vez mais decorrente. De acordo levanatamento do G1 Paraná, os números de resgates em decorrência aos abandonos durante a pandemia aumentaram 50% em relação à 2020. Até metade desse ano foram totalizados cerca de 300 resgates.

A médica veterinária residente em saúde coletiva e administradora da página do CRAR (Centro de Referência para Animais de Risco), Mariana Schneider Ribas explicarem detalhes sobre os devidos procedimentos a serem tomados. “Algumas ações que podem ajudar animais de rua são: disponibilizar ração e potes com água fresca para os animais, principalmente no verão. Solicitar atendimento no CRAR ao se deparar com um animal de rua machucado ou uma fêmea no cio, ajudar na divulgação dos animais resgatados disponíveis para adoção por meio das mídias sociais (Instagram: @crar.pg / Facebook: @crarpontagrossa)”.

O que fazer quando um animalestá em situação de risco

A veterinária Mariana explica que “ao verificar algum animal atropelado, machucado ou fêmeas no cio a pessoa pode entrar em contato com o CRAR pelo telefone 3220-1000 ramal 4072 para solicitar atendimento ao animal”. “Em casos de maus tratos, o solicitante deve entrar em contato com a Guarda Municipal através do número (4299155-1024), que tomará as medidas cabíveis. Este número possui WhatsApp, sendo possível enviar fotos e vídeos para reforçar a denúncia”, comentou.

O que acontece após o resgate dos animais?

“Após o animal ser coletado, ele passará por tratamento, vacinação, vermifugação, castração e microchipagem. Durante esse período ficará disponível para adoção e caso não seja adotado, retorna para o local onde foi coletado, conforme a lei municipal 9019/2007”, explica Mariana.

Iniciativas

Existem ainda várias outras instituições em prol dos animais e uma delas é o Grupo de Auxílio aos Resgatinhos (GAR). Isabela Danesi, vice-presidente do GAR conta que o projeto surgiu a partir de uma denúncia onde uma mulher acumulava em sua residência cerca de 380 felinos em condições precárias.

“O trabalho do GAR iniciou com o início da pandemia, o que pensávamos que seria um problema, acabou não afetando nosso projeto, pois com a comoção social que aconteceu em torno da divulgação do caso dos gatos, muitas pessoas se sensibilizaram e acabaram nos procurando para adotá-los. Os gatos resgatados só são liberados para adoção a partir do momento que eles estão aptos para isso, então fazemos todo o tratamento deles com clínicas veterinárias parceiras até liberá-los para a adoção”, disse.

De acordo com Isabela, um dos problemas recorrentes no resgate é a ansiedade dos gatos em relação àcomida. Segundo ela, como os felinos tiveram muita privação de alimentos e água, eles acabam comendo muito chegando a vomitar, pois, até costumarem com o ambiente muitos deles acreditam que irão ficar sem comida.

 Adoção

Para atender os procedimentos de adoção dos felinos os interessados passam por uma entrevista para se encaixarem nos padrões pedidos pelo GAR para evitar novos abandonos e maus-tratos.

“Para os interessados em adotar nós fazemos uma entrevista com várias condicionantes para verificar se a pessoa tem condições de cuidar do animal e se é isso que ela realmente quer. Procuramos que os animais adotados não tenham acesso à rua, pois, corre-se um risco grande de serem atropelados, pegos por cachorros ou até mesmo desaparecerem, por isso pedimos que as pessoas estejam cientes das necessidades dos animais”, comentou.

Isabela é também fundadora do Projeto Conta Cãomigo que tem o intuito de divulgar animais para doação e ajudar em casos de desaparecimentos.