ESPORTE

Superação em duas rodas

O basquete em cadeira de rodas vem ganhando força mundialmente

O basquete de cadeira de rodas iniciou em 1945, logo após a 2º Guerra Mundial. Praticado por soldados que foram feridos durante o combate.  Desde 1960, a modalidade esteve presente em quase todas as edições de jogos paraolímpicos realizados no mundo.

A modalidade é um dos esportes coletivos praticado por atletas que possuem algum tipo de limitação físico motoras, especificamente os membros inferiores. No início, ainda não era denominado como um esporte de competição, e sim uma maneira de praticar algum tipo de exercício físico, mesmo com as limitações deixadas da Guerra.

Com o tempo o basquete de cadeira de rodas foi ganhando força mundialmente. Em 1948 nos Estados Unidos, ocorreu o primeiro registro de competição do basquete de cadeira. O técnico Ben Hur Chiconato, declarou a importância que o esporte pode fazer na vida de uma pessoa, e ainda mais na vida de um portador de deficiência física, “fazer essa modalidade tem uma grande importância entre os aspectos como a confiança, a própria interação entre os jogadores e com a comunidade”, afirma.

Ben começou sua carreira na adolescência como esportista, e afirma nunca ter imaginado que poderia ter uma vida financeira estável com a modalidade, “fui atleta mediano na minha época de adolescência, passei por modalidades como basquete, vôlei, handebol, atletismo, ate o próprio futebol do Operário Ferroviário e depois acabei me firmando no basquetebol, depois de 1986 eu iniciei minha carreira como técnico, e tive a felicidade de ter bons resultados no resultado”, alega.

O basquete de cadeira de rodas tem o poder de mudar a concepção de vida de uma pessoa, transformando um momento ruim em uma grande história de superação e vitória. O atleta Felipe Santos foi vitima de um assalto quando tinha 15 anos, o intuito do jovem era ajudar sua vizinha que estava sendo assaltada, mas a tentativa de ajuda acabou se tornando uma tragédia, e acabou perdendo o movimento nas pernas.

Felipe nunca pensou em ser jogador de basquete em cadeira de rodas, “eu fazia fisioterapia, fui convidado para conhecer o esporte e acabei me destacando no meio do time por causa da minha velocidade tocando a cadeira,” diz.

O esportista pratica o esporte há quatro anos e o grande marco em sua carreira profissional foi ser convocado para a seleção brasileira sub 23, ”viajei para o México em março e para a Tailândia em setembro de 2022, onde fui disputar o Campeonato Mundial,” comenta, Santos.  Atualmente Felipe tem 23 anos e joga pela equipe da Andef Cobras de Niterói.

As regras do basquete de cadeira de rodas

•A cadeira de rodas pode ter 3 ou 4 rodas, sendo duas rodas grandes na parte traseira e uma ou duas na parte frontal;

•Os pneus traseiros devem ter o diâmetro máximo de 66 cm e deve haver um suporte para as mãos em cada roda traseira;

•Quando as rodas dianteiras estiverem direcionadas para frente, a altura máxima do assento não pode ultrapassar 53 cm do chão e o apoio para os pés não pode ter mais que 11 cm a partir do chão. Porém, os apoios devem ser apropriados para evitar danos à superfície da quadra;

•O jogador que se sentir mais confortável pode usar uma almofada de material flexível no assento da cadeira. Porém, ela deve ter as mesmas dimensões do assento, não podendo ultrapassar mais de 10 cm de espessura. Já os jogadores de classe 3.5, 4.0 e 4.5 a espessura da almofada deve ser de no máximo 5 cm;

•Os jogadores têm liberdade para usar faixas e suportes que ajudem a fixá-los na cadeira ou permita prender as pernas juntas. Além disso, eles podem usar aparelhos ortopédicos e protéticos;

•No cartão de classificação dos jogadores deve conter as informações sobre o uso de próteses, além de indicar todas as adaptações feitas na cadeira do jogador;

•Por fim, antes de iniciar a partida, os árbitros devem checar as cadeiras dos atletas, pois é proibido o uso de pneus pretos, aparelhos de direção e freios.

Site Educa+ Brasil

Elisangela de Quadros, 4 período.

Felipe Santos, seleção brasileira sub 23

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