Encontros do Bando da Leitura não pararam na pandemia e voltaram de forma presencial todas as sextas
Por: Luana Abrantes
O projeto voluntário Bando da Leitura, idealizado pela pedagoga e
especialista em Contação de Histórias e Literatura, Lucélia Clarindo, nasceu com
amissão de estimulara leitura e a linguagem das Artes nas crianças. Com sede,
localizada no Bairro de Oficinas, o Bando completou 15 anos em março desse ano e
conta com diversos apoiadores e contadores de histórias que se reúnem todas as
sextas e buscam por meio dos livros, despertar a imaginação dos ouvintes.
O projeto surgiu logo quando a professora Lucélia decidiu se aposentar, ao
encontrar duas ex-alunas Ana Paula e Bianca, de nove e dez anos na época,
que pediram para que as rodas de leituras, feitas em sala de aula, continuassem.
Assim começou o Bando da Leitura, com um simples encontro em casa entre as três
mulheres e que foi crescendo ao passar do tempo até chegar aos seus 15 anos. Mas
o amor de Lucélia pelos livros vem de outros tempos. “Quando era criança e lia
escondida o livro de Lampião e Maria Bonita. Minha história com livros não é uma
história a parte porque é a minha história”, conta Lucélia.
Assim como nos outros setores, o Bando da Leitura precisou se adaptar em
meio à pandemia. Para isso, os encontros ocorreram de forma online com os
contadores e as crianças ouvindo atentamente tudo o que era narrado, inclusive com
presenças de ilustradores, escritores e crianças de outros lugares. Com o avanço da
vacinação e flexibilização das medidas restritivas, desde o dia 18 de março os
encontros voltaram de forma presencial na sede do grupo.
Maria Georgina Santos Avila é mãe da Emanuelle e ambas participam do
Bando da Leitura desde o segundo semestre de 2021. A mãe conta que durante a
pandemia, procurou atividades que estimulassem a leitura para a filha e que foi no
Bando que elas encontraram o que buscavam. “O Bando da Leitura é uma
experiência maravilhosa, recomendo muito! Lá além da troca de experiências,
interação com pessoas de várias idades, assuntos divertidos, não só sobre leitura
propriamente dita, mas também sobre culturas diversas e arte, fizemos amigos!
Amantes da leitura como nós!”, frisou Georgina.
Atualmente os encontros acontecem em uma sala de leitura construída pelo
Rotary Alagados no Bairro de Olarias. O espaço conta com aproximadamente dois
mil livros, além de gibis e toda estrutura construída com materiais alternativos e com
recursos próprios para rodas de leitura.Além de parceria com acadêmicos de vários
cursos, o projeto conta coma ajuda com materiais do Rotary e das mães que podem
acompanhar os filhos e também atuar como voluntárias.