No ano 2000 começou em Carambeí um projeto que levou a arte do Karatê às escolas públicas. A princípio as atividades foram desenvolvidas pelo Governo Federal em parceria com as cidades que adotaram o projeto. Com o fim da parceria do Governo, sobraram boas experiências e resultados, fazendo com que a prefeitura de Carambeí continuasse o trabalho.

A princípio as aulas eram oferecidas apenas em três escolas da cidade, na Escola Fátima A. Bosa, Escola Limpo Grande e Escolar. As aulas eram ministradas por uma instrutora da cidade de Castro.

Hoje quem instrui as aulas é Leandro de Jesus Gaia, um dos primeiros alunos do projeto, que tornou o esporte popular nas escolas de Carambeí, transformando muitos alunos em grandes promessas do esporte. Ele enfatiza que o projeto não é somente para formar atletas, mas sim para formar melhores cidadãos, através dos cinco lemas do karatê, que são esforçar-se para formação do caráter; fidelidade com o verdadeiro caminho da razão; criar intuito de esforço; respeitar acima de tudo; conter o espírito de agressão.

     No mês de agosto de 2017, no campeonato brasileiro de karatê em Salvador, na Bahia, uma das atletas de maior representatividade na competição foi a karateca Rosana Sinhuri, que descobriu o esporte através do projeto na cidade de Carambeí. Ela chegou até a final, conquistando o segundo lugar para o Paraná, repetindo o resultado do campeonato anterior do Brasileiro de Karatê. “O campeonato foi muito bom, pude trazer o título de vice-campeã. Isso foi o resultado de muita dedicação e treinos. Acabamos perdendo para o estado da Bahia, que é muito forte, no karatê”, afirma. O projeto já tem no currículo 200 títulos no Paranaense, seis títulos brasileiros e inúmeros regionais, um sétimo lugar em mundial.

     Atualmente a prefeitura cede o espaço e fornece material para que as aulas sejam desenvolvidas. O projeto é aberto a toda a comunidade e atende 270 crianças até 11 anos, 200 adolescentes e 50 adultos em uma turma noturna. Um dos grandes problemas para os atletas é a falta de patrocínio, que os impede de participar de grandes competições em outros estados até mesmo outros países. Como é o caso da vice-campeã brasileira que por não ter apoio corre o risco de não poder participar do mundial que acontecerá em novembro deste ano na Itália.

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