Lidiane é policial há cinco anos em Ponta Grossa
Por Andrea Borges e Dulci Paes
A polícia feminina foi criada no dia 19 de Abril de 1977 pelo Decreto n° 3.238, e o primeiro curso de formação teve a presença de 42 mulheres. Para a inscrição no curso se exigiu que as candidatas fossem solteiras, ou até mesmo viúvas, sem encargos de família e com idade entre 18 e 30 anos. Ao todo apenas 27 policiais foram formadas.
Inicialmente elas prestavam serviço desarmadas. Mas em decorrência de agressões a uma soldado nas ruas de Curitiba, foi adquirido um lote de revolveres Taurus calibre .32. Contudo, as policiais se sentiram discriminadas em receber armas de pequeno porte em relação ao pelotão masculino, rejeitaram utilizar esses dispositivos e, a partir de então, foi fornecido o mesmo armamento para ambos os pelotões.
Hoje em dia pode-se observar um número muito maior de mulheres inseridas na Polícia Militar. Para entender a situação de uma delas entrevistamos a policial Lidiane Jhenife da Silva, que trabalha há cinco anos na corporação de Ponta Grossa. Ela conta que o processo de admissão foi difícil e que a disponibilidade de vagas naquele ano era 50% para mulheres.
Quando questionada sobre o machismo, Lidiane afirma que ele existe, mas, não generalizou. “Tudo depende da situação e sempre é necessário ter um jogo de cintura para lidar”, explicou. Abordada também sobre questões sociais, ela diz que as pessoas não veem um policial como uma pessoa que está ali para defender, e que infelizmente no Brasil não são respeitados.
Maria Fatima Martins atua há seis anos na corporação e disse que o curso de formação é um processo difícil, mas acredita que as dificuldades fazem parte do dia a dia de uma militar.
Maria Fátima Martins acredita que as dificuldades fazem parte da vida de uma policial