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Moradores de rua em Ponta Grossa

Com o inverno chegando os moradores de rua são os mais prejudicados, nessa época eles recebem ajuda da Prefeitura e entidades da cidade
Com o inverno chegando os moradores de rua são os mais prejudicados, nessa época eles recebem ajuda da Prefeitura e entidades da cidade

Por Ciriane Shaniuk, Diego Ricardo, Fábio Silva e Isabel Aleixo

Com a chegada do inverno, as baixas temperaturas trazem dificuldades a todos que precisam conviver com o frio. Os moradores de rua são os mais prejudicados, eles assumem os riscos e a capacidade de se virar com o que têm. Em Ponta Grossa, aproximadamente 100 pessoas se encontram efetivamente nessa situação de acordo com o Centro de Referência em Assistência Social (Creas-Pop).
O Creas-Pop é um serviço de política de assistência social que trabalha com moradores de rua e a população que por algum motivo se encontra em situação de rua. O Centro oferece serviços básicos como refeições, higiene pessoal, cuidado com roupas e pertences e, também, serviços técnicos que contam com a ajuda de assistentes sociais e psicólogos. A assistente social e coordenadora do programa, Cibele Taborda, conta que algumas entidades promovem campanhas para arrecadação de produtos destinados às pessoas atendidas pelo Creas. “Sempre recebemos doações da comunidade”, aponta.
De acordo com Cibele, os moradores procuram ajuda espontaneamente ou a comunidade entra em contato com o Creas para comunicar sobre algum caso. Em seguida, é acionado o serviço de abordagem social que sai à procura da pessoa. Quando há vínculo com a família, os assistentes sociais fazem visitas domiciliares. “A maior dificuldade é em relação à dependência química, conseguir auxiliar no tratamento de viciados. Acontecem muitas recaídas e eles não vêm em busca do serviço”, explica.
Existem outros programas que auxiliam na saída de pessoas das ruas, como o Abrigo Melhor Viver, destinado aos moradores de Ponta Grossa, e a Casa de Passagem, que também atende pessoas em trânsito. Alguns casos que chegam ao Creas-Pop são encaminhados para a Casa de Passagem, onde recebem acolhimento provisório e o tempo de permanência varia de acordo com a situação da pessoa. “No inverno fica mais complicado, sempre tem uma demanda reprimida que não conseguimos atender com o acolhimento na casa de passagem”, conta Taborda.
Rubens foi parar nas ruas da cidade após o término de seu casamento, onde se encontra há mais de quatro anos. Ele conta que, embora more nas ruas, não enfrenta grandes dificuldades e sempre arruma uma forma de se manter. “Limpo calçada, limpo quintal e quando termino fico cuidando de carros”, diz.
Negligência familiar, drogadição e preconceito são algumas contradições por parte da sociedade que podem levar uma pessoa a morar nas ruas. Atitudes como a do Creas, do Abrigo Melhor Viver e da Casa de Passagem são exemplos de como dar assistência a essas pessoas. A comunidade também pode contribuir, fazendo doações e informando as entidades sobre situações de moradores de rua.

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