Setor é tido como responsável pela retomada da economia em 2021.

Por: Luana Abrantes

Andando pela cidade, é possível ver inúmeros anúncios de imóveis a venda. São casas, apartamentos e terrenos, que fazem o mercado imobiliário girar e ter um crescimento notável, mesmo durante a pandemia.

As projeções para o setor, que vinha em fase de ascensão com alta de 11,8% do segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), animavam investidores e empresas do ramo para o ano de 2020. Além da redução da taxa Selic,indicador econômico que é referênciapara os juros de financiamentos,que chegou a 5% ao ano em novembro de 2019, as instituições bancárias, ofereciam ao cliente agilidade e facilidade no processo de compra e venda.LUANA_CrescimentoImobiliario2

O corretor de imóveis, Luan Pereira, no mercado há mais de três anos, disse que no início da pandemia todos estavam com receio. “Várias empresas cortando funcionários e quem estava empregado não queria assumir um compromisso a longo prazo. Tinha aquela vontade de mudar, mas aquele medo por trás. “De acordo com o corretor, durante aproximadamente 40 dias, houve uma drástica retração dos vendedores e compradores. Fato que afetou diretamente as visitas aos imóveis, gerando assim, uma enorme redução nas vendas.

Passando mais tempo em casa, devido ao home Office ou com filhos sem ir à escola, por exemplo, muitas pessoas perceberam que sua moradia precisava oferecer uma melhor qualidade de vida, mesmo após o período pandêmico.Essa foi a grande razão das pesquisas de busca por compra e venda crescerem mais de 66,73% em agosto, segundo o Google. Temas como financiamento e programas de governo,também cresceram 40% nas buscas no mês.

O militar Vitor Almeida, foi um dessas pessoas que aproveitou as facilidades oferecidas pelo mercado neste período para adquirir um imóvel. Vitor comentou ter pesquisado e analisado várias alternativas, mas que esse momento foi propicio para fechar negócio devido a relação custo x benefício oferecidas pelos vendedores e instituições financeiras. “Era algo que estava procurando antes, mas nunca dava certo. Agora durante a pandemia, com o plano de carência, dado pelo banco, o pagamento iniciará daqui 6 meses e isso facilita muito para a gente que está começando. Talvez se eu esperasse um pouco, tivesse perdido essa boa oportunidade de realizar o sonho da minha casa própria.”

Com a redução das taxas de juros para financiamentos e a alta demanda na procura de compra e venda, a expectativa é que o mercado imobiliário seja um dos principais dos pilares para a retomada da economia brasileira em 2021.

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