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Egresso da UniSecal faz sucesso no jornalismo regional e nacional

Por Victor Freitas

William Batista é rosto conhecido dos paranaenses por conta de reportagens regionais na RPC e das participações nacionais na Rede Globo, em casos de grande repercussão. Ele é egresso do curso de Jornalismo da UniSecal, da turma de 2017.

Batista, como sempre foi chamado pelos colegas de faculdade, tem 25 anos, é natural de Ponta Grossa/PR e começou a se interessar pela área da comunicação muito antes de ingressar no Jornalismo UniSecal. Ele ajudava na programação de uma rádio local quando tinha só 15 anos, auxiliando na parte técnica como aprendiz.

O tempo passou e quando ele terminou o Ensino Médio, prestou vestibular na UniSecal. No curso, já se destacava por ser muito dedicado, simpático e amigo de todos. Era sempre voluntário em atividades acadêmicas e ajudava os professores na organização do estúdio e na edição de vídeos e áudios. “O Batista era bom aluno. Estava sempre bem humorado e tinha dias que chegava mais cedo, antes da aula, para treinar locução no estúdio ou para pegar dicas de edição de imagens. Trabalhava durante o dia e estudava de noite, uma realidade de muitos dos nossos alunos ainda hoje”, conta o coordenador do curso, Helton Costa.

William destaca a importância do ensino superior na vida dele. “A universidade traz sim uma preparação fundamental, mas é acredito que precisa haver empenho do aluno em buscar aprimorar os conhecimentos do curso com a prática de quem está no mercado. A universidade prepara o aluno para as principais situações no jornalismo”, explica.

William nos tempos de faculdade, ajudando em atividade acadêmica

Depois da faculdade, Batista que tinha passado pela Rede Massa (SBT), acabou contratado pela RPC, indo morar em Guarapuava, cidade que o acolheu e onde ele mora e trabalha até hoje. “Passei a morar em Guarapuava, para um novo desafio profissional: ser repórter em outra emissora de televisão, a maior do Paraná. E aqui tenho aprendido muito”, relembrou.

Conversamos com ele para saber mais sobre a profissão.

Victor: Por que Jornalismo?

Batista: Tudo começou na infância, quando comecei a ouvir futebol no rádio. Passava muito tempo com minha avó que não tinha televisão em casa. Ganhei um radinho de pilha e aquilo tudo era mágico. Foi aí que despertei o sentimento pelo jornalismo. Coloquei na cabeça que um dia me tornaria repórter, que um dia também seria a pessoa por de trás do rádio, aquela que também iria informar tantos fatos importantes.

Victor: Como você acredita que o jornalismo contribui para o seu desenvolvimento pessoal?

Batista: Comecei muito cedo na profissão, aos 15 anos de idade. Foi o jornalismo que me deu muitas oportunidades de conhecer pessoas, lugares, mergulhar a fundo em diversos assuntos. Como dizem, no jornalismo a gente fala sobre um pouco de tudo. Isso é claro, ajuda e muito. Você aprende a buscar seus direitos, a dar voz às pessoas, a ouvir mais e falar menos.

Victor: Qual matéria chamou a sua atenção durante a sua trajetória?

Batista: Foi a prisão do ex-presidente Lula, quando ele foi transferido para a Polícia Federal em Curitiba. Por iniciativa própria, sem nenhum superior mandar, eu peguei meu carro em uma madrugada fria, e viajei até a capital. Chegando lá, entrei ao vivo na rádio e mais tarde fiz uma participação gravada na emissora de TV em que trabalhava. Ver a história sob os meus olhos foi marcante. Sei que daqui alguns anos, esse momento estará nos livros de história. Nada partidário. Foi puro jornalismo nas veias. No futuro, poderei dizer que vi a história acontecer.

Victor: Você é repórter de rede? Qual a importância de sair no nacional?

Batista: Sou um repórter local, mas já tive reportagens exibidas em rede nacional. Foram situações atípicas e muito gratificantes. Diferentemente de outros repórteres que já são de rede, nós, regionais, dependemos muito de um assunto factual, ou um tema regional que desperte muita atenção do país, para que tenhamos espaço em rede. Esse reconhecimento em ter uma reportagem exibida em todo o Brasil é sim muito importante. Soma para a carreira, ajuda no currículo e, principalmente, desperta o olhar do país para um problema ou algum exemplo não só da região onde você fez a reportagem, mas onde você vive. O regionalismo é tão importante quanto o jornalismo de rede nacional.

Victor: Para você, quem é o Willian Jornalista?

Batista: É um jovem que já conquistou muito daquilo que sonhava, mas que ainda tem muito a desbravar nesse mundão. Dizem que o mundo é pequeno demais, mas é claro que é só modo de falar, pois, o mundo é grande “pra caramba”, tem muita coisa para se documentar por aí. Sou um sonhador, um aventureiro.

Victor: O que o Jornalismo precisa mudar?

Batista: Na verdade, muito se discute sobre mudanças no jornalismo. É aí que muita gente se confunde. O jornalismo não deve mudar. O conceito jornalismo. Aquele de apurar os fatos, ir atrás das fontes e não ficar somente atrás de um computador. Dar voz a todos os lados, buscar a imparcialidade. Isso não deve mudar. O que deve mudar é o engessado, a maneira como fazer tudo isso sem perder a essência. As crianças não vêem televisão como a minha tia vê. Daqui um tempo, essas crianças também serão tias e tios. Será que vou conseguir falar com elas também do mesmo jeito que comunico hoje? É um desafio. Toda a mudança para evolução é necessária, desde que não se perca a essência.

William trabalhando na emissora atual, a RPC

Victor: Como você vê as novas tecnologias dentro do Jornalismo?

Batista: São muitos importantes, pois ajudam no processo de apuração com maior facilidade. Hoje podemos conferir uma informação antes de gravar uma passagem (momento em que o repórter aparece no vídeo) na rua, por exemplo, pelo celular. Mas é preciso ter cuidado. Ao mesmo tempo em que podem ser usadas para o bem, as tecnologias podem nos prejudicar, nos acomodar com o CTRL C + CTRL V. Esse é um caminho perigoso.

Victor: Qual o melhor meio de comunicação, TV, Rádio ou Impresso? Por quê?

Não diria que existe um meio melhor, existe o meio certo para cada público. Há quem não tenha paciência de assistir o jornal e aproveite apenas para se situar do que está acontecendo dentro do carro ouvindo rádio. Ou aquele que não suporte nenhum nem outro e prefere ler o jornal enquanto espera para entrar na sala do médico ou zapeando na tela do celular. Eu particularmente prefiro trabalhar no rádio e na TV, pois são duas plataformas que permitem uma comunicação oral e visual com as pessoas. Me sinto mais próximo do público.

 

Victor: Qual o conselho você faz para os futuros jornalistas?

Batista: Não se acomodar. Ser jornalista não é apenas ter o diploma. Estude idiomas, viaje, seja curioso, invista em você. Seja um diferencial.

Victor: A leitura é importante para o Jornalistas?

Batista: Sempre. Toda leitura é importante, já que tratamos de muitos assuntos. A leitura é um exercício vital para o jornalista.

Victor: Atualmente, quais são suas prioridades dentro do Jornalismo hoje?

Batista: Aperfeiçoamento como repórter de televisão e estudar, estudar e estudar.

Victor: Você tem algum Jornalista como inspiração? Quem?

Batista: Tenho vários… Marcos Uchôa, Roberto Cabrini, são alguns deles. Os admiro, mas não idolatro ninguém. Tenho consciência de que cada um atingiu seus méritos e reconhecimento dentro das suas possibilidades e oportunidades. Somos todos vencedores nessa jornada. O jornalista não pode confundir arte com artista de fama.

William com Marcos Uchôa

Victor: Você teria alguma coisa a mais para complementar sobre você e sua rotina?

Batista: Tenho aprendido muito, diariamente, com o jornalismo, com a vida. Antes de tudo, agradeço a Deus por ter me permitido chegar até onde cheguei. Depois, à minha família. Aos professores que partilharam o conhecimento de anos e anos dedicados ao ensino, obrigado de coração. E a todos que em algum momento passaram pela minha vida e abriram as portas com oportunidades de crescimento. Sozinhos não chegamos à lugar algum, nem jornalismo fazemos.

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