Mayara Pontes
Foi na antiga civilização, a partir do século 7 a.C., que surgiram os primeiros registros sobre horóscopo, mas para chegar até o popular horóscopo que conhecemos hoje, que é facilmente encontrado em revistas, sites, jornais, entre outros algumas alterações aconteceram no decorrer do tempo, como a descoberta de novos planetas, sendo eles Urano, Netuno e Plutão que acrescentaram novos elementos para a interpretação astrológica do céu.
O horóscopo ocidental mais utilizado é o solar, que considera apenas o signo que o sol está no mapa da data de nascimento e ele se popularizou no século XVIII graças aos britânicos, que começaram a publicar nos jornais tornando mais acessível algo que antes era feito somente para reis.
Hoje o horóscopo vem acompanhado de muita informação, que vai além da famosa previsão diária, no Instagram, por exemplo, existem muitos perfis especializados no assunto, que traçam o perfil de cada signo, personalidade, combinações de variados tipos (par romântico, amizade, profissional), resumindo, é um nicho de mercado enorme.
Apesar de não ter nenhuma comprovação científica ou certa confiabilidade de que os astros interfiram no dia de cada signo, há quem acredite e não deixe de ler a previsão diária de seu signo. É o caso da vendedora e leonina Ana Ramos. “Leio todos os dias e ainda posto no meu perfil do Instagram, já virou até um hábito”, conta.
Um estudo feito pela instituição PewResearch Center, diz que a crença do horóscopo é mais difundida e aceita entre os jovens com a faixa etária de 18 à 29 anos, apresentando um nível de crença de 30%. Porém essa prática de ler e acreditar em signos pode ser passada de geração para geração, como explica a estudante e taurina Bruna Assunção. “Minha mãe sempre gostou de astrologia, na verdade minha família materna sempre foi meio esotérica, desde a minha avó. Lembro de comprar em banca de jornal aquelas revistinhas do João Bidu que tinha muita explicação sobre signos, informação que ia além da previsão diária, tinha mapa astral completo, nome do anjo protetor de cada signo em uma época que o acesso à internet era restrito, as revistas eram a nossa maior fonte para informações sobre horóscopo”, diz.
Ainda que esse assunto gere debates e muitas pessoas argumentam que horóscopo é uma pseudociência, a procura por esse assunto cresce a cada ano, um levantamento realizado pela plataforma especializada TubularLabs mostra em 2016 e 2017 o aumento pelas buscas por esse conteúdo no Twitter foi de 300% e no Youtube 67%.