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Fotógrafa desenvolve corpos reais feminino em ensaios fotográficos

Por Maysa C. Taborda

 “Nosso corpo é força, é poder, é arte”, diz Helen Mayer.

Nas redes sociais o corpo real feminino é motivo de olhares e especulações, sem contar nas críticas diárias. Mulheres que postam diariamente fotos e conteúdos a respeito dos corpos reais são motivo de piada em um assunto sério, que pode ser causa de ansiedade e depressão.

A fotógrafa Helen Mayer, 25 anos, formada em Artes Visuais, conta um pouco sobre o seu trabalho aqui em Ponta Grossa — PR.“Cada fotógrafo tem um objetivo com seu trabalho, mas no meu trabalho, valorizo muito isso, então as mulheres que me procuram vêm exatamente visando esse olhar com mais carinho e aceitar mais as características reais do seu corpo”.

Algumas mulheres sentem um grande desconforto em relação ao seu corpo, é quando elas procuram alguém que a mostre o quanto são belas. “A maioria que a procuram tem algumas questões com o corpo, contam suas histórias, suas inseguranças…Nós mulheres sofremos muito com a pressão estética, muitas se identificam e querem passar por essa experiência de se enxergar por outros olhos e resgatar sua autoestima. As características das mulheres reais são detalhes da sua beleza, e não defeitos”, diz a fotógrafa.

Helen também conta de como foi a sua transição em aceitar o seu corpo. “Isso mudou tudo, comecei a trazer minha aceitação com meu corpo para meu trabalho, queria que minhas clientes vivessem essa experiência também.Elas além de me apoiarem muito, se identificaram muito com isso.Foi aí que descobri minha missão na fotografia”.

Projeto

Artista, criadora de conteúdo e empreendedora aqui de Ponta Grossa, MUM, de 25 anos, lançou em projeto em agosto de 2019: “um corpo é um corpo” e o documentário “o corpo gordo é obra-prima”.

Sua intenção é trazer representatividade e ajudar nos processos de auto-aceitação das suas seguidoras.

Um corpo é um corpo surgiu em meio a um projeto que a MUM fez com a ‘diálogos culturais’ com o objetivo de reproduzir obras de arte famosas, protagonizadas por corpos magros, substituindo por corpos gordos de modelos voluntários. Ao final do projeto lançou a música com a participação dos modelos.A música fala sobre como o corpo é um templo e uma obra-prima mesmo sendo gordo.Link da sua música “Um corpo é um corpo”.

“Autoestima é se achar boa, suficiente, capaz, não diminuir o seu valor; autoestima tem mais haver com confiança. Auto-aceitação é o processo de olhar para si mesma com carinho, deixar de odiar seu corpo ou sua mente e trabalhar para eles estejam em harmonia”, diz a artista.

Helen conta do porquê a fotografia poder ajudar com a autoestima feminina. “Eu acredito muito no poder da fotografia para nossa autoestima, mas sei que ela é trabalhada gradualmente, e se possível, com terapia. A autoestima é um processo diário, é importante entender que podemos nos amar e aceitar do jeito que realmente somos. Buscar referências é ótimo também. 10Como estamos muito nas redes sociais, eu indico muito seguir pessoas com as quais nos identificamos, sejam fotógrafos, influencers,  blogueiras…Seguindo pessoas assim, vamos ter uma identificação, e não comparação. É um passo “simples”, mas muito importante para trabalhar a autoestima”, diz a fotógrafa Helen.

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