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Estação Ferroviária do Boqueirão: “Memória “quase” esquecida de Carambeí”

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set 21, 2020

Estação Ferroviária do Boqueirão: “Memória “quase” esquecida de Carambeí”

Foto 01 kelly

Por Kelly Kuki

A Estação Ferroviária do Boqueirão foi fundada no ano de 1925 no bairro Boqueirão, um dos mais antigos da cidade de Carambeí, como posto telegráfico. Desde sua fundação é conhecida como a linha Itararé-Uruguai.

Entre 1896 e 1924 a estação estava sob a responsabilidade da Brazil Railway Company (BRC), empresa ferroviária criada no início do século XX que tinha o objetivo de controlar o sistema ferroviário do sul do Brasil, e foi onde a Brazil Railway Company instalou sua sede na região dos Campos Gerais.

De 1925 a 1942 esteve na responsabilidade da empresa Companhia de Estradas de Ferro – C.E.F. Nesse tempo, em 1936 desembarcou na estação o então ministro holandês Hubrecht, para as comemorações dos 25 anos de prosperidade da colônia de Carambeí.

Foto 02 KellyFoto Kelly Kuki

De 1942 a 1975 pertenceu a Rede Viação do Paraná – Santa Catarina, autarquia federal instituída pelo presidente Getúlio Vargas, destinada a exploração de transportes ferroviários e rodoviários. Nesse período, em 1944 foi transformada em estação ferroviária. De 1975 a 1996 tornou-se a Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA.

Atualmente a estação é patrimônio da União e segundo a prefeitura do município a anos existe um procedimento para que seja feito o repasse da União para o município, porém nada saiu do papel.

Não se pode negar a importância da Estação enquanto patrimônio histórico que contribuiu muito para a origem do município de Carambeí e a permanência dos imigrantes holandeses na cidade. Mas o que podemos notar na Estação é que encontra-se esquecida pela população e pelo Poder Público, em total abandono tornando-se apenas uma lembrança da história.

No Parque Histórico de Carambeí existe uma réplica da estação que ironicamente é mais visitada e lembrada que a própria Estação.

A pequena Estação ainda está de pé inclusive, num passado não muito distante já abrigou em seu espaço uma oficina mecânica.  Eventualmente alguns trens ainda circulam por lá deixando claro mais uma vez a desvalorização do patrimônio histórico local.

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