Por Daniela Alves e Gabriel Fornazari
As doenças respiratórias são extremamente comuns no Brasil e no mundo, ocupando o posto de terceira causa de morte. Essas doenças são aquelas que atingem órgãos do sistema respiratório (pulmões, boca, faringe, fossas nasais, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, bronquíolos e alvéolos pulmonares), sendo suas causas as mais variadas, desde infecções até fatores genéticos.
Segundo o Ibope, 44% dos brasileiros sofrem com doenças respiratórias, com a sua maior prevalência no sul do país, sendo as mais comuns a asma e a bronquite crônica. Segundo médicos e especialistas temperaturas mais baixas e a pouca umidade relativa do ar podem ser considerados um risco para o aparelho respiratório.
Algumas dessas doenças podem atrapalhar demais a vida dos pacientes, fazendo com que tenham que evitar certas atividades ou adotar diferentes hábitos em suas rotinas. “Quando era adolescente, na escola, era sempre dispensada de aulas de educação física e quase nunca participava de atividades que envolviam esforço físico, e além disso, sempre tive que cuidar da alimentação por conta dos remédios que tomava”, relata a professora Meryhlen Moura Chacon, de 35 anos. As doenças, muitas vezes, atrapalham hábitos comuns das pessoas, como dormir, respirar e trabalhar, fazendo com que a convivência com a doença fique cada vez mais difícil.
Dentre todas as doenças respiratórias, a asma é a mais comum, com 20 milhões de pessoas apenas no Brasil, e mais de 300 milhões no mundo todo. As principais causas da doença são a genética, o ambiente e o tabagismo, podendo afetar tanto crianças como adultos.
Geralmente, qualquer tipo de problema respiratório já é descoberto na infância, com sintomas que a criança demonstra (muitas vezes até em seu nascimento). As terapias variam dependendo da gravidade. Há doenças com tratamento tópico – como a renite alérgica, e outras com tratamento sistêmico – caso da asma grave não controlada. “O tópico é aquele que age diretamente no foco da doença. Tem-se spray com soluções que usam jatos que são inalados em bombinhas de respiração. O sistêmico é aquele que precisa que o remédio passe por todo o organismo, é feito por medicamentos por via oral como comprimidos e cápsulas, ou por via intramuscular (as injeções)”, explica o médico Daniel Alves.
Geralmente as doenças infecciosas são curáveis, como resfriados e renite viral. As inflamatórias crônicas não são curáveis, mas apresentam tratamento para controle, trazendo ao indivíduo uma qualidade de vida semelhante senão igual a pessoas não afetadas. As infecciosas são contagiosas por serem causadas por vírus e bactérias, e são transmitidas por secreções de via respiratória, já as inflamatórias não são transmissíveis.