Ana Carolina Lima
O grande tema de discussões no Brasil hoje é a corrupção, uma praga tão grande que aparentemente ninguém é inocente.
É fácil julgar os grandes atos de corrupção que vemos todos os dias na TV, mas todos pelo menos uma vez já os praticaram. A indignação que vemos atualmente é sem dúvida com razão, porém parando para pensar, quem permitiu que se acontecesse com tamanha proporção, fomos nós mesmos.
Vemos no dia-a-dia várias situações de corrupção e se calamos por considerar pequenas e sem valor, o seu “se calar” é um incentivo e quem o praticou e que com certeza irá retornar a fazê-lo já que se não há punição, não há problema.
Um valor tão básico como a honestidade nunca esteve tão precário. Vivemos em um mundo onde ser honesto é visto como “ato de heroísmo”, quando devia ser praticado automaticamente pela sociedade.
Sem haver interesse na sua prática, mesmo sem intenção de prejudicar, uma pequena corrupção já é um perigo à sociedade como, por exemplo, furar uma fila. Talvez a pessoa esteja com pressa, e se esquece que talvez o outro também esteja e que esse segundo passou horas esperando. Ele tinha conquistado o direito de ser atendido antes de você, mas ao invés respeitá-lo, você decidiu ignorar os fatos ao seu redor levando em consideração apenas o individualismo.
Comum, mais do que deveria, essas corrupções denigrem a sociedade, e no Brasil muitas se encaixam no “jeitinho brasileiro”, ocorrendo principalmente por muitos não definirem esses pequenos desvios como corrupção sendo elas apenas quando se tratando de governo, uma falha imensa que reflete na imagem do brasileiro.
Para mudar essa visão dos brasileiro em 2013 foi criada a campanha “Pequenas Corrupções – Diga Não”pela Controladoria-Geral da União (CGU), integrada juntamente com as escolas tinha como foco a conscientização da população através dos alunos e propagandas.
Essas ações sozinhas apenas minimizam, mas representam um começo para uma sociedade mais honesta devendo essas atitudes serem incentivadas e colocadas em prática com mais intensidade , ensinando no berço a não corrupção, e a não aceitar nenhuma desonestidade por menor que seja. A mudança para um país sem corrupção começa em nós e assim transformamos a sociedade.