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Praticar o bem pode te fazer um profissional mais atrativo

João Filho

José Antônio (o terceiro da direita para esquerda) junto com refugiados do Oriente Médio (Divulgação)
José Antônio (o terceiro da direita para esquerda) junto com refugiados do Oriente Médio (Divulgação)

Você já pensou que um mundo melhor pode estar a uma ação sua de acontecer? No Brasil, 16,4 milhões de pessoas decidiram fazer algo a mais pela sociedade, através de trabalhos voluntários, segundo a última pesquisa de âmbito nacional sobre o tema, divulgada pelo Itaú Social em 2015.

O estudo, realizado pelo Instituto Datafolha em 2014 entrevistou mais de 2 mil brasileiros em 135 municípios. A pesquisa mostra que 11% dos entrevistados atuavam continuamente como voluntários, enquanto 28% deles já praticaram alguma ação não remunerada em favor do próximo.

Pedro Tendolo já auxiliou em projetos sociais
Pedro Tendolo já auxiliou em projetos sociais

É o caso do Pedro Tendolo (21), universitário quee mora na cidade de Ponta Grossa – PR. Ele nunca havia feito trabalhos voluntários e durante a última semana trabalhou no trote social organizado pela sua universidade, reconstruindo uma casa de família carente na periferia da cidade. Para ele, esta oportunidade foi fundamental para ter contato com outras realidades e dar valor à vida que tem. Além disso, pretende continuar a ser voluntário em novos projetos.

Jorge Ávila também é um bom exemplo de solidariedade
Jorge Ávila também é um bom exemplo de solidariedade

Motivado desde pequeno a ajudar o próximo, Jorge Ávila é outro belo exemplo de como fazer um mundo melhor. Administrador, hoje com 30 anos, participa desde pequeno de ações voluntárias, iniciando no grupo de jovens da igreja e, atualmente, faz parte do Lions Clube Ponta Grossa Centro. Para ele, ações de voluntariado nos fazem pessoas melhores e estão balisadas na empatia, que é o ato de “vestir-se da pele do outro, e ter uma visão de mundo com os olhos de outro alguém”.

Diferente de Jorge e Pedro que tiveram suas experiências de voluntariado em território nacional, José Antônio (23), trabalhou voluntariamente durante um mês e meio num campo de refugiados na cidade de Debrecen, Hungria. O trabalho dele era focado em promover diálogo cultural entre os refugiados, além de mostrar um pouco da cultura brasileira. Há pouco tempo, José Antônio mudou-se da sua cidade natal Aracaju para São Paulo, onde trabalha como Analista de relacionamento com o cliente em uma empresa de soluções financeiras de grande relevância. Ele acredita que a experiência de voluntariado foi fundamental para sua contratação, pois a empresa onde trabalha busca profissionais heterogêneos e empáticos, para construírem um ambiente de trabalho melhor e possuir excelência em atendimento.

Valorização no currículo

Anderson Cantuária explica que serviço prestado pode auxiliar na contratação
Anderson Cantuária explica que serviço prestado pode auxiliar na contratação

De fato, experiências de voluntariado podem sim ser um grande diferencial para a contratação de um candidato a vaga de emprego. É o que afirma Anderson Cantuária (29), profissional da área de RH, facilitador e coach. Segundo Anderson, algumas empresas já perceberam que existem diferenciais extremamente significativos nos profissionais envolvidos em voluntariado, pois “eles costumam ser profissionais mais engajados quando se identificam com o negócio da organização, […] além de apresentarem tendência a serem mais proativos. ”

A valorização de tais profissionais vem crescendo de maneira tal que existem empresas que abrem vagas específicas para candidatos com envolvimento no terceiro setor, como por exemplo Itaú e Danone em parceria com a AIESEC, organização global que se dedica a promover intercâmbio para universitários de mais de 124 países. É importante, porém, que o profissional procure entender sobre a cultura da empresa para saber se realmente há um alinhamento com seus valores pessoais e se o “espírito de voluntário” faz sentido para a organização a qual pretende trabalhar, complementa Anderson.

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