ESPORTE

Corrida se transforma em ferramenta no tratamento da dependência química

O grupo de corrida ‘Conquista’ reúne cerca de 250 pessoas, preocupadas com a saúde

Por Izabelle Antunes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a dependência química como uma doença progressiva, incurável e fatal, mas que possui tratamento, e o esporte é uma das práticas terapêuticas utilizadas para recuperação.

Em Ponta Grossa, o professor de educação física, e mestre em qualidade de vida, Marcelo Machado iniciou o projeto de corrida denominado ‘Conquista’ que busca envolver e incluir pessoas que sofrem com a dependência química em atividades de corrida. O projeto iniciou há seis anos e atualmente, cerca de 250 pessoas participam do grupo.

“A corrida é uma ferramenta de muita importância para a reabilitação. Ajuda fisicamente, restabelecendo a saúde do indivíduo […] traz novos hábitos sociais e de convívio, estabelece rotinas que propiciem momentos de treinamento e pode direcionar o foco para atividades mais produtivas”, destaca o professor e o idealizador do projeto, Marcelo Machado.

Foto divulgação

O professor Marcelo já passou por problemas com a dependência química e há 11 anos, durante seu tratamento, voltou a estudar, se graduou em educação física pela UEPG e na mesma instituição concluiu o mestrado, com o objetivo de conciliar a experiência pessoal com o conhecimento, para beneficiar e ajudar pessoas que hoje enfrentam dificuldades causadas pela dependência de álcool e/ou outras drogas.

“A experiência pessoal é importante do ponto de vista da experimentação. A perspectiva é alinhada com mais facilidade à percepção do indivíduo que está passando pelo processo terapêutico. É saber o que fazer. Porém, apenas saber o que fazer não é suficiente. É necessário desenvolver ferramentas para que aquilo que é feito, ou seja, a metodologia aplicada, realmente seja adequada e assertiva. É o como fazer” explica o professor Marcelo.

            Um dos atletas do grupo ‘Conquista’ e dependente químico em abstinência, Rafael Camargo, anos atrás estava em situação de rua, e hoje, quatro anos depois, usa as mesmas ruas como ferramenta para manutenção da sua sobriedade. “A corrida tem sido uma ferramenta muito importante para minha abstinência, onde eu consigo liberar toda minha ansiedade. Nos dias que estou tenso demais, eu consigo descarregar toda preocupação nos meus treinos diários e é focando nos treinos e focando nas minhas competições que eu consegui fazer desse esporte uma das ferramentas principais para me manter sóbrio”, revela o atleta             Rafael coleciona mais de 35 pódios em corridas de rua, e hoje é um dos principais competidores na bateria de 5km. O atleta não pretende deixar o esporte. “Não pretendo parar de correr, pois eu aprendi amar a fazer atletismo, posso um dia para de competir, mas nunca de correr”, finaliza Rafael.

4 thoughts on “Corrida se transforma em ferramenta no tratamento da dependência química

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