Toda a produção de sucos e vinhos, além do cultivo das uvas, acontece por meio da mão de obra familiar
SOBRE – A Chácara Sozim teve início em 1936, quando os gaúchos Luiz Sozim e Thereza Sozim migraram de Caxias do Sul para Ponta Grossa. O sítio foi concedido ao casal pelo próprio município, que na época auxiliava os migrantes com o objetivo de gerar desenvolvimento para a cidade. O ganho era uma área pequena localizada na Colônia Dona Luiza, mas já no começo, eles plantavam pelo menos 10 mil pés de uvas.
Já em 1956, Luiz e Thereza adquiriram a propriedade no local em que a chácara está situada atualmente: rua Luiz Sozim – 400. Segundo um dos filhos do casal, Sérgio Sozim, a princípio eles atuavam na criação de gado e, somente na sequência retomaram a produção de uvas. “Começaram com um parreiral de 3.500 pés e dessa forma foram progredindo”, conta.
Em 1999, através do pesque pague, a criação de peixes fez parte dos atrativos da chácara. “A gente comprava os peixes já criados e deixávamos na chácara. Assim, o pessoal que vinha por conta das uvas acabava pescando “, disse Sérgio . A partir daí a família abriu uma pequena lanchonete no espaço e a venda de pastéis, bebidas, vinhos e suco de uva foi iniciada. “Hoje, o nosso cargo chefe é o suco de uva”, afirma.
PRODUÇÃO – Na área de cultivo de uvas, produção de vinhos e sucos, a Chácara Sozim é uma atividade familiar. Sergio comenta que os seus filhos cultivam as uvas e é necessário contratar mão de obra apenas na época de colheita. Membros da família também trabalham na cozinha do restaurante. “A colheita da uva começa em dezembro e acaba no final janeiro. Na produção do suco e do vinho, são utilizadas somente as uvas da propriedade”, relata.
Em relação a criação de peixes, o empresário conta que são criados no tanque tilápia, bagres, carpas pacus, traíras e pintados. “Nós precisamos ter diversos cuidados na manutenção e na qualidade da água, que é oriunda da própria chácara”, fala Sérgio. Atualmente, os clientes podem participar da pesca esportiva ou comprar um peixe para levar para a casa.
Após 90 anos, a chácara ainda preserva a produção familiar. A propriedade, que é muito tradicional em Ponta Grossa, resiste em meio aos prédios e condomínios, devido ao grande desenvolvimento da cidade.