A Umbanda se baseia na simplicidade, na prática da caridade, da compaixão e na conexão do divino Foto: Dyozfer Hilgenberg

Por: Julio Cesar

No cenário espiritual do Brasil, a Umbanda emerge como um farol de diversidade e tolerância, iluminando os corações de seus seguidores há 115 anos. Essa religião única, que funde elementos de outras religiões como catolicismo, espiritismo, candomblé e tradições indígenas, têm enfrentado uma jornada marcada por desafios e, mais notavelmente, pela resistência contra a intolerância religiosa.

SURGIMENTO

Uma das teorias diz que a Umbanda, nascida em 15 de novembro de 1908, teve sua origem com Zélio Fernandino de Moraes. Ao longo dos anos, a Umbanda se consolidou como uma religião brasileira autêntica, forjando uma identidade que transcende barreiras étnicas e sociais.

No entanto, essa jornada de 115 anos não foi isenta de desafios. A intolerância religiosa, infelizmente, persiste em diversas formas na sociedade. A Umbanda, com sua natureza inclusiva e respeito pelas diferenças, muitas vezes se encontra na linha de frente dessa batalha. Atos de discriminação, ignorância e até mesmo violência continuam a desafiar a liberdade de crença dos praticantes de Umbanda.

RESISTÊNCIA

A resistência contra a intolerância religiosa na Umbanda não é apenas uma questão de preservação de tradições espirituais; é uma luta pela diversidade cultural e pelo respeito mútuo. A religião, que enraíza suas práticas na caridade, na compaixão e na conexão com o divino, se torna um símbolo vivo da capacidade humana de transcender diferenças em prol de um mundo mais tolerante e harmonioso.

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A celebração dos 115 anos da Umbanda é, portanto, uma oportunidade não apenas de refletir sobre sua rica história, mas também de reconhecer a necessidade contínua de resistir contra a intolerância religiosa. É um chamado para a sociedade brasileira como um todo, instando-a a abraçar a diversidade espiritual que enriquece nosso país.

Foto: Dyozfer Hilgenberg

Neste aniversário significativo, que possamos renovar nosso compromisso com a liberdade de crença, celebrar a pluralidade religiosa e construir pontes de compreensão mútua. Que os adeptos da Umbanda, e de todas as religiões, possam continuar a desempenhar um papel vital na construção de uma sociedade onde o respeito e a tolerância prevaleçam sobre a ignorância e o preconceito.

Que a Umbanda, com seus 115 anos de história, seja não apenas uma fonte de inspiração espiritual, mas também um farol que guie o caminho em direção a um futuro onde a diversidade religiosa seja não apenas tolerada, mas verdadeiramente celebrada. E assim como no hino da Umbanda, continuem “Avante, filhos de fé, como a nossa lei não há. Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá”.

Saravá, Axé, Motumbá, Laroyê!

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