Muitos paratletas sonham com a oportunidade de participar das paraolimpíadas, porém, esse sonho enfrenta alguns problemas: a falta de investimento, de patrocínio e até de infraestrutura para os atletas.
Gilberto Freire, professor da UTFPR e técnico da modalidade há mais de 40 anos, possui um projeto de extensão para que as pessoas com interesse possam treinar. “A Prefeitura dá bolsa apenas para atletas que já têm algum resultado, então quem está começando e não tem patrocínio arca com tudo sozinho”, justifica.
Competições
Para um atleta começar a competir, ele precisa estar filiado a um clube associado ao Comitê Paraolímpico Brasileiro ou ele pode entrar em uma ação da prefeitura para participar dos Jogos Para-esportivos do Paraná. “Ponta Grossa se consagrou campeão Paranaense em 96. A primeira medalha do Brasil na paraolimpíada de Atlanta foi do atleta Josias Eduardo, medalha de prata.Além dele, muitos daqui, que eu selecionei para ir para a Paraolimpíada e apoiei tecnicamente, fizeram história”, conta Gilberto.
Estrutura
A estrutura para a realização dos treinos depende muito da cidade. Existem cidades que oferecem estrutura adequada, porém, não são em todas que isso acontece. “A estrutura na nossa cidade é ruim fisicamente, pois quando se trata de pessoas com deficiência as coisas são mais complexas, precisamos de acessibilidade”, diz a atleta paralímpica Pamela Iracema Aires, que treina há 11 anos e já participou de mais de 30 campeonatos.
“O maior problema do esporte Paralímpico é o acesso aos locais de treino.Precisamos apoiar mais a pessoa com deficiência, não só no esporte, mas precisamos que ela tenha oportunidade de fazer parte da sociedade como um todo”, conclui Gilberto.
Por Bianca Haile