Por Elisângela Schmidt

Os áudio dramas são disponibilizados em plataformas digitais e trazem uma nova experiência ao ouvinte

Você já ouviu falar de áudiodramas? Uma imersão no seu livro favorito pode acontecer de um jeito diferente, por meio de áudios.Isso possibilita que o leitor, ou neste caso ouvinte, desfrute da história de uma forma diferente, em uma imersão de sensações.O professor de biologia, Alan Mainardes, desenvolveu seu gosto pela leitura muito jovem, mas há quatro anos passou a se dedicar também à escrita de contos. Um hobby que em 2021 se transformou em um novo projeto, os Contos da Toca. Depois de conhecer o áudio drama no canal Jovem Nerd, Alan decidiu transformar seus contos escritos em narrações. Parece um modo novo de ver a literatura, mas na verdade o conceito já existe há muito tempo.

Se formos diretamente de volta para o passado, o “novo” formato não é nenhuma novidade. As radionovelas ficaram conhecidas por trazer as narrativas seriadas. No Brasil, ‘Em Busca da Felicidade’ foi a primeira radionovela lançada, em junho de 1941, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ela teve duração de 248 episódios e ficou no ar até 1943.

Com a ascensão da televisão, as radionovelas foram perdendo força, mas 80 anos depois, a tecnologia e a internet trouxeram este modelo de narrativa de uma forma atualizada, juntamente com os podcasts.

Para Mainardes, que está iniciando neste mundo do áudio drama, o caminho ainda é desconhecido, segundo ele é “uma arte em progresso” que iniciou com sua vontade de contas histórias. Depois de disponibilizar seus contos em um site voltado para leitores assíduos, agora ele iniciou o processo de expansão e disponibilizou seu trabalho no Youtube e também no Spotify. “Acredito que o impacto das plataformas digitais na leitura é alto. Graças a elas temos muito conteúdo disponibilizado, diferentes formas de distribuição e claro, acesso.”, explicou o professor.

O professor também contou que além da parte criativa em escrever novos contos, o processo para o áudio drama também exige uma produção maior, com equipamentos de som e produtor musical, tudo pensado para que o ouvinte tenha a melhor experiência. Para ter um feedback sobre suas produções, Alan também pediu para que alguns amigos ouvissem seu primeiro lançamento.

CassyusIlkiu foi uma das ‘cobaias’. “Eu não tenho costume de ouvir nenhum tipo de podcast, e nesse estilo foi minha primeira experiência. Eu achei bem legal. Passou uma ambientação bacana, os sentimentos do personagem e tudo mais. Só não entendi muito bem a história em si (risos), mas aí é falta de interpretação minha. Ouviria novamente? Claro, ainda mais para apoiar o projeto de um amigo”.

Mesmo não sendo um formato muito popular, alguns nomes se destacam nas produções brasileiras. Como é o caso dos irmãos, Joe e Guido Guidini, que são protagonistas em Aventuras Bizarras e também as peripécias do Jovem Nerd. Para Érika Neiverth, ouvir podcasts e áudio dramas já está em sua rotina, mas a experiência com o primeiro episódio do Contos da Toca foi diferente. “Eu adoro acompanhar áudiodramas. Já havia escutado outros antes do Contos da Toca. Mas dessa vez minha experiência foi diferente. Normalmente escuto enquanto faço alguma outra atividade, mas neste me concentrei nos sons e na narrativa. Foi uma delícia.”, contou Érika.

Para saciar a curiosidade de como é “ler com os ouvidos” através do áudio drama, neste link você encontra o primeiro lançamento dos Contos da Toca.

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By admin

783 thoughts on “Professor de PG encontra uma nova forma de contar histórias no projeto Contos da Toca”
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