Por Bianca Kawanne Haile
A greve do transporte coletivo em Ponta Grossa iniciou em 5 de abril, mais de 1.000 funcionários da viação Campos gerais do transporte coletivo entraram em greve e permaneceram a mais de 30 dias. A paralisação já havia sido anunciada pelo sindicato, por conta de que empresa não quitou a segunda parcela dos salários de fevereiro. A greve não ocorreu anteriormente por conta que a circulação de ônibus foi suspensas através de decreto como medida para combater a pandemia do coronavirus. Com a paralisação dos 100% da rota o assunto repercutiu na sessão da Câmara, o plenário aprovou uma moção de repúdio a VCG pela falta de pagamento dos salários e também afetou muito as pessoas que necessitam do transporte público para conseguir chegar ao lugar planejado.
Com a volta de algumas frotas na segunda feira do dia 17 de maio de 2021 as pessoas que utilizam o transporte tem muitas reclamações, mesmo com alguns ônibus circulando não são o suficiente para todos e também acabam gerando aglomerações nos terminais. Nessa reportagem buscaremos mostrar a opinião e a realidade de um funcionário da VCG e o passageiro que utiliza desse meio de transporte.
“Sobre o atual momento que passamos é algo bem atípico em todos esses anos essa e a primeira vez que nossos salários atrasam. Na minha opinião precisa de prudência, para continuar tentando encontrar o equilíbrio no meio de tantos fatores e valores que estão envolvidos. É preciso tentar o equilíbrio entre a necessidade da população que precisa do transporte público, como a manutenção de cada trabalhador e sua família que depende desse salário para manter sua vida com dignidade. Ainda nessa balança se faz necessário ver o contexto da pandemia, que traz a dificuldade para á grande maioria das empresas em conseguir manter o seu sistema em funcionamento com tantas diversidades nunca vivenciadas por nós até o atual momento. Acredito que deve existir uma união de esforços de todos os lados para buscar equilibrar essa balança. A palavra deve ser empatia nesse momento, se cada lado se colocar no lugar do outro tudo fica mais fácil de se resolver. Trabalho na vcg há 15 anos iniciei lá como trocador, permaneci nessa função por 2 anos e meio quando surgiu uma oportunidade de fazer um curso interno para passar á motorista como eu tinha a carteira dehabilitação categoria D, fiz o teste e passei, e estou nesse cargo”. Comenta Eder Fornazari, motorista da VCG.
Gabriel Cabral funcionário da prefeitura que utiliza do transporte público para chegar ao seu destino passa por várias situações que acabam interferindo no horário que planeja chegar ou as vezes não tem como ir trabalhar por conta da paralisação relata ele que:
“Bom a situação da vcg com a prefeitura ao meu ver está bem complicada, eu comecei a usar o transporte público em 2015 nessa época até era satisfatória, mas depois disso as coisas começaram a complicar com aumentos de passagem e problemas de coordenação entre os patrões e funcionários. Na minha opinião o que está acontecendo agora é um grande problema para a cidade pois muitas pessoas necessitam do transporte público, e parece que quem está no comando da vcg não estão ligando para a “greve” dos funcionários e muito menos para as pessoas que usam do veículo de locomoção, eu realmente espero que a prefeitura consiga resolver e chegar a um acordo com o sindicato para que eles recebam o que é de direito deles e que assim as coisas voltem ao normal no funcionamento dos ônibus. Eu realmente torço por isso mas vendo como as coisas estão não sei dizer se vão conseguir isso, mas espero que tudo se resolva e as coisas voltem ao normal na cidade. Tem acontecido reuniões na camara municipal entre os funcionários da vcg e os políticos para tentarem chegar a um acordo mas mesmo com reuniões e tentativas as coisa não estão dando certo quando parecem chegar perto de um acordo acontece alguma coisa entre as partes e tudo vai por água abaixo e acaba voltando ao início, muito políticos querem resolver isso para ajudar o povo pois estão vendo a dificuldade das pessoas com essa situação dos ônibus, com a frota reduzida acontece aglomeração de pessoas o que é um risco com a atual pandemia em que vivemos, além dos horários alterados com pessoas chegando atrasadas em seus empregos por conta de perderem um ônibus no terminal e terem que esperar as vezes quase uma hora pra pegar outro, a situação na cidade está muito complicada e muito difícil para todos que usam o transporte público, tudo o que as pessoas como eu que usam o transporte público querem é apenas que a situação se resolva pois entendemos os motivos de estarem assim, os funcionários da vcg tem que receber todo o pagamento que é de direito. Enquanto isso não acontece tanto eles como nós sofremos por atitudes ineficientes.