Agricultura orgânica é o grande destaque da agroecologia
Com incentivo do governo Brasil lidera ranking dos países que mais consomem agrotóxicos no mundo
Com incentivo do governo Brasil lidera ranking dos países que mais consomem agrotóxicos no mundo

Por Kelly Kuki, Bruna Menon, Dulcimara Pais e Victor Freitas

É quase inacreditável estarmos no ano de 2018 e saber que o Brasil há oito anos (2009) lidera o ranking de países que mais consomem agrotóxicos no mundo. Segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), de 2016, cerca de 70% dos alimentos in natura consumidos no país estão contaminados por agrotóxicos, destes 28% contêm substâncias não autorizadas. Sem contar que os alimentos processados são feitos a partir de grãos modificados geneticamente.

A explicação para isso talvez esteja no fato do país ser um dos maiores produtores agrícolas mundiais, as lavouras que mais usam agrotóxicos são as de tomate, de morango, hortaliças em geral, milho e soja ou por sementes modificadas já serem pensadas para o uso desse veneno. O país usa produtos que foram proibidos em outros lugares há mais de 30 anos, o que baniu as pragas das plantações brasileiras.

Não existe uma maneira correta de utilizar os agrotóxicos, visto que fazem mal ao meio ambiente – pois seu uso excessivo pode causar erosão no solo, contaminar os rios e o ar -, à saúde humana – pois deixa resíduos nos alimentos, além de causar doenças como o amarelão.

 Agroecologia e produção orgânica

Agricultura orgânica é o grande destaque da agroecologia
Agricultura orgânica é o grande destaque da agroecologia

Em contraponto a esse uso excessivo de agrotóxicos tem-se a agroecologia, que é a praticada através de cultivo e manejo sustentáveis, movido pela agricultura orgânica.

Nesse modelo de produção não se utilizam agrotóxicos nem fertilizantes pelo mal que fazem ao meio ambiente e à saúde humana.

A agricultura orgânica geralmente é praticada por pequenos produtores, que cultivam para consumo próprio. “O alimento orgânico perde pela aparência, mas ganha em sabor”, explica a pequena produtora de Piraí do Sul, Rosangela Sampaio.

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