A pandemia da covid-19 obrigou as pessoas a reorganizarem sua vida. O isolamento social não apenas é necessário quanto uma prova de amor.

Por Dulci Pais

Para muitos casais espalhados pelo país, o dia dos namorados, deste ano foi diferente. Distantes uns dos outros por causa do isolamento social, muitos buscaram alternativas para driblar a distância física durante a pandemia. São vários os métodos que passam pelo uso da tecnologia. Ligações, mensagens, chamadas de vídeos relatando a rotina do dia ou contando um acontecimento, tudo para integrar o parceiro. Essas foram algumas das estratégias encontradas pelos casais para, que mesmo longe, continuassem perto durante a quarentena.

Brasileira e empresária, Karina Cunha, de 27 anos, namora a distância há sete anos com Everton Diedrich, de 26, que vive no Canadá. Eles se conheceram durante um intercambio nos Estados Unidos.

“O que eu sinto mais falta é de sentir o cheiro dele, de sentir perto de mim e fazer um programa legal como qualquer outro casal. Sair para o cinema, parques, fazer um lanche, coisas que não poderíamos fazer de toda a forma hoje em dia, mas que fazem falta, principalmente pela saudade da companhia dele nesse momento tão difícil”, disse ela.

A última vez que Karina viu Everton fisicamente foi em fevereiro, um pouco antes do surto da pandemia. “ Depois não nos vimos mais e nem temos previsão de quando isso vai voltar a acontecer. O risco de contaminação é muito grande em aeroportos e aviões”, contou a empresária. Para amenizar a distância, utilizam aplicativos como mensagens de vídeo.

“No dia dos namorados a gente não pôde se encontrar. Era algo que sempre planejávamos. Então, adiamos isso para quando o mundo voltar ao normal. A gente pede uma pizza como um encontro normal. O que separa a gente é só a tela de um computador. Também vemos filmes e depois fazemos comentários sobre, mas cada um em seu ambiente físico. Vamos vivendo assim até que isso possa passar”, declarou Cunha.

Outro caso

Noiva e com planos para se casar no final de 2020, a professora Sandra Santos, de 40 anos, conta que também viu seus planos mudarem por causa da pandemia. A última vez que viu Anderson Bustamante, o noivo, foi em março.

“Pensávamos que íamos nos casar este ano, em novembro. Mas tudo mudou. Como ele mora em Brasília e eu em Ponta grossa, com isolamento social, vi meus planos estacionarem. Tomara que depois de tudo isso ele não mude de ideia”, brinca ela.

As redes sociais ajudam na comunicação do casal. Essa foi uma forma de garantir o relacionamento dos dois para obter uma relação tranquila. “Nós deixamos os problemas de lado e se conectamos, para que isso não afete nosso relacionamento”, conta ela.

“Nós procuramos conversar muito sobre tudo, para não ter problemas. O meio de comunicação virtual é complicado pela falta de expressão. Quando eu sei que ele está estressado e com algum problema, prefiro fazer ligação de voz, porque ouvindo a voz um do outro é possível se acalmar”, completa Sandra.

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