Por Milena Batista

Skatistas de Ponta Grossa esperam que, após a divulgação do esporte nas Olimpíadas, o preconceito com o mesmo diminua.

Após a estreia do skate nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o povo brasileiro ficou completamente encantado com tal esporte. O Brasil foi representado pela fadinha Rayssa Leal, na categoria Street feminino, a qual conquistou o público com tamanha alegria e leveza. Com apenas 13 anos, a mesma recebeu a medalha olímpica de prata, inspirando várias crianças a praticar o esporte. Ela fez parte do pódio mais jovem da história das Olimpíadas! Além de mostrar, que o lugar de uma garota é onde ela quiser e que, não importa a idade, não se pode desistir de um sonho.

Com isso, segundo Sthephanie Samantha, moradora de Ponta Grossa, seu filho de apenas cinco anos, ficou completamente entretido com as manobras realizadas nessa modalidade esportiva, principalmente após a maranhense conquistar o segundo lugar.

“Nas Olimpíadas, meu marido e eu, tentamos assistir o máximo das modalidades possíveis, ao lado de nosso filho Bernardo, para fazer com que ele se interessasse pelos esportes. No entanto, o que mais chamou a atenção dele, foi o skate. Ele já tinha um (skate), mas brincava de vez em quando. Porém, após a medalha da Rayssa, ele se interessou muito no esporte e, logo no dia seguinte quis aprender a andar. A partir daí, não largou mais”.

A entrevistada comenta sobre a importância das atividades esportivas para as crianças. “Sou suspeita para falar, porque comecei a praticar judô ainda criança, e hoje, isso virou minha profissão. Mas, para mim, o esporte é essencial na vida das pessoas e pode sim, mudar a vida delas, principalmente com projetos sociais. Sendo apresentadas diferentes modalidades, acredito que, com o tempo que a criança, o adolescente está focado, se dedicando, não tem tempo para pensar em coisas erradas. Devemos incentivar esses jovens, para que, quem sabe no futuro, seguirem os exemplos de alguns atletas olímpicos, os quais começaram quando criança, muitas vezes em projetos sociais e, atualmente, são atletas de ponta”.

Contudo, o skate se tornou visível, somente após os Jogos Olímpicos, já que, antes era muito mal visto, devido ao preconceito imposto pela sociedade.

Danilo Pires, skatista de 17 anos, da cidade de Ponta Grossa, conta que nunca recebeu o apoiou de ninguém. Ele diz que até hoje, sua família pede para que pare de praticar, pois acham que se trata de um esporte muito perigoso.

Em relação ao significado do skate em sua vida, Pires relata que o skate significa bastante para ele. “É um esporte que sempre ajuda a me distrair, além de fazer novas amizades”.

Danilo começou a praticar o esporte influenciado por seu primo e falou sobre o skate nas Olimpíadas. “Eu achei uma ótima ideia colocarem esse esporte nos Jogos Olímpicos, pois o nome skatista ainda é muito julgado… Então, foi muito importante, já que, quem não gostava do skate começou a se interessar, vendo um lado que eles não imaginavam. Um esporte que tira muitas pessoas de baixo e coloca lá em cima”.

A mãe de Bernardo também fala sobre a estreia, nas Olimpíadas de Tóquio. “Foi muito importante, já que sempre existiu muita discriminação com o esporte. As pessoas sempre julgaram que quem anda de skate é marginal e nunca foi visto realmente como um esporte. Mas, graças as Olimpíadas, o skate passou a ser visto com outros olhos”, afirma.

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