Por: Jeniffer Case

 

 

As vendas online tiveram um grande aumento nos últimos anos, em todo o mundo, principalmente com a pandemia, porque as pessoas ficaram mais em casa. Antes a vendedora levava o catálogo até a sua casa, você escolhia o produto e depois de 30 dias ele chegava na sua residência.Isso teve uma grande evolução agora é como ter um shopping na palma da mão ou então na tela do computador.

Conforme dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em 2020, o crescimento no setor de vendas online foi de 68%. De acordo com a entidade, as restrições e o fechamento do comércio físico fizeram com que o consumo virtual crescesse grandiosamente, com um faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões registrados em 2019.

E será que essa nova forma de vender virou uma ameaça para as lojas convencionais? Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de São Paulo, 7 em cada 10 empresas brasileiras vendem seu serviço ou produto pelas redes sociais.

Isso influencia o “fast fashion”, que é o comércio rápido e barato de roupas com uma baixa qualidade e descarte rápido, ainda que faça mal ao meio ambiente. Mas, essas fast fashion chamam a atenção porque copiam a moda dos grandes estilistas e fabricam as peças com uma qualidade bem inferior, a um preço super barato, chamando assim a atenção das pessoas.

Nesses sites as pessoas não precisam esperar as estações do ano para comprar determinada peça, elas encontram roupas de todas as estações e estilos. É um grande catálogo on-line de todos os gostos pessoais que acabam seduzindo os consumidores.

Fernanda Gomes tem uma loja de roupas nas redes sociais. Ela mesma faz todas as fotos que são postadas, é uma vitrine virtual. Além disso, ela fideliza os clientes indo pessoalmente fazer as entregas.

Ela conta que tem sua loja online há dois anos e tem muitas diferenças na venda online para a física. “A venda on-line é mais superficial em relação ao relacionamento do que a física. Precisamos entender e tirar várias dúvidas que o cliente tem antes dele fechar a compra, como por exemplo, tecido da peça, cor original, tamanhos e medidas, prazo de entrega, taxa de entrega. Já a física, temos um contato e relacionamento com o cliente de olho no olho o que torna mais perceptível de entender o que ele procura. Além de ser uma conexão mais intensa acredito que são menores as chances da compra dar errado e maiores as chances de fidelizá -lo”. Sobre a concorrência ela fala que é grande, mas que cada pessoa de um estilo e um gosto diferente, e que as lojas tem uma grande diversidade em mercadorias, o que garante o sucesso nas vendas. Além disso, as vendas on-line podem ser feitas para todo Brasil com entregas via correio, o que expande as chances de novos compradores e clientes sem precisar se preocupar tanto com a concorrência local.

Conversamos também com Dâmaris, que é viciada em comprar no site Shopee e Shein. Ela diz que depois que descobriu esses sites nunca mais comprou roupas em loja física.“Eu compro todo mês nesses sites, sempre quando eu vejo alguma roupa ou produto em loja física, eu vou e pesquiso nos sites, e o preço lá é bem inferior.” Em relação a qualidade dos produtos ela não vê tantas diferenças. “Eu nunca fui de comprar roupa de marca e produtos com preços elevados, então a qualidade não muda em nada para mim, mas claro se for comparar uma roupa da Shopee e da Shein com uma loja de grife, com certeza haverá muita diferença.”

 

 

 

 

 

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