Igor Rosa
Os efeitos do covid-19 têm causado estranheza e medo pelos diagnosticados. Um estudo realizado pela Universidade da Flórida, registrou que as pessoas tem perdido cerca de 80% do olfato e 69% do paladar, afetando o prazer da alimentação e inibindo a percepção de aromas.
Em entrevista à CNN Brasil, o Médico Fernando Gomes, explica que isso acontece quando as terminações do nervo olfativo são afetadas, devido a junção de pequenas ramificações a uma estrutura intracraniana conhecida como bulbo olfatório, chegando ao cérebro até as partes relacionadas ao prazer e memória.
Os irmãos Rafael Moraes de 28 anos e Luiz Felipe Moraes de 16, de Ponta Grossa, contraíram o vírus em junho, e contam como a falta do paladar e do olfato afetaram suas rotinas.
Rafael é formado em administração pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, e cuida da panificadora de seus pais, que são do grupo de risco e ficam na produção de pães e bolos evitando contato com o público. Ele acredita que tenha contraído o vírus através de algum cliente. “As pessoas às vezes relutam com os cuidados ao vírus, pensam que nunca vão pegá-lo. Por diversas vezes cobrei dos clientes para passar álcool gel na entrada e só tirar a máscara na hora do consumo. Todo cuidado é essencial, mas como nosso fluxo é grande, estivemos abertos aos riscos”, disse Rafael.
A rotina teve que mudar quando certo dia Rafael acordou indisposto com dor de garganta e com o passar das horas percebeu que não sentia cheiro. “Em um sábado, meu primeiro sintoma, além da dor de garganta, foi a perda de olfato, que é o principal. Em seguida entrei em isolamento, para aguardar as demais orientações da saúde na semana seguinte”, contou Rafael.
Na semana seguinte foi notificado como suspeito, ficando em repouso como orientado. “Tivemos de fechar a panificadora até atestarmos curas. Dois funcionários também ficaram em casa, meus pais tiveram de ficar em casa junto ao meu irmão e eu, pois também sentiram medo e não tinham como se mudar para outro local”, disse. Ele conta que logo foi se recuperando da dor de garganta, mas o olfato ficou onipresente por um longo tempo.
Na terça-feira, Luiz, irmão de Rafael, apresentou perda de paladar e olfato. Luiz gosta de cozinhar e conta que percebeu a perda primeiramente do paladar, enquanto fazia strogonoff. “A sensação era de que meu rosto estava pesado, me sentia indisposto e sem vontade de comer, pois, não sentia o cheiro e muito menos o gosto dos alimentos”, disse Luiz.
Os dois foram positivados duas semanas após o primeiro sintoma e mesmo após curados, passaram-se mais três semanas até que gradativamente foram voltando os sentidos. “Luiz recuperou primeiro o olfato e depois o paladar. Eu demorei a sentir cheiro, foi voltando aos poucos”, disse Rafael.
Os pais de Rafael e Luiz não apresentaram sintomas e os quatro puderam voltar às atividades quando completaram um mês e duas semanas do primeiro sintoma de Rafael.
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