Estudo aponta que apenas 4% acreditam que o uso de drogas complica mais a sua vida.

Por: Izabelle Antunes

Levantamento realizado pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), feito com mais de 4 mil pessoas, entre 30 de abril e 15 de maio apontou que mais da metade acredita que o uso de drogas ajudou a lidar com a quarentena. Somente 4% respondeu que não atrapalha e 44% foram indiferentes, respondendo que não ajuda nem atrapalha.

O psicólogo Cristiano Correia de Souza comenta que “o padrão de consumos de substâncias psicoativas teve alteração na quarentena, com o home office as pessoas se sentem mais livres para fazer uso”. “Por exemplo: em uma reunião presencial da empresa você não pode beber cerveja, mas já em uma reunião em home-office, pode”, destaca. Em muitas cidades o funcionamento de bares está proibido, mas isso não é motivo para que o uso de substâncias diminua.

Outro ponto a ser observado no uso contínuo destas substâncias é que elas são motivadas pela incerteza. Inicialmente esperava-se que a quarentena durasse pouco tempo, porém, já se passaram meses e ainda não se tem certeza de nada. Mas o psicólogo Cristiano alerta para os perigos do uso excessivo “A dependência química é uma doença crônica multifatorial, então além de problemas de ordem psicológica e cognitiva, conforme o tempo que se faz uso pode desenvolver transtornos como bipolaridade, crises de ansiedade. Tem prejuízo social, problemas familiares, não consegue manter sua responsabilidade social, seja conjugal profissional, e problemas relacionados a saúde biológica”, alerta.

 

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