Mulheres com propósito de empreender têm crescido no Brasil: a busca por equilíbrio na jornada diária é um dos principais fatores
Por Stefhani Romanhuk
O Dia Internacional da Mulher é em homenagem a todas as mulheres que lutam diariamente pelo seu valor e reconhecimento diante a sociedade. São elas mães, filhas, esposas, donas de casa, jornalistas, médicas, engenheiras, empreendedoras ou qualquer outra profissão, independente da função ou posição, o que elas têm em comum é a força, a garra, a coragem, a persistência, a beleza, a delicadeza, a autenticidade, a determinação.
Na atualidade, vemos que o desempenho feminino ganhou destaque no empreendedorismo. Mulheres estão buscando seus propósitos no ato de empreender, ou seja, ter seu negócio próprio, onde elas possam administrar o seu tempo da melhor forma, equilibrando as jornadas duplas para conciliar carreira, estudos, família, maternidade.
A persistência das mulheres que levam o Brasil a ter aproximadamente seis milhões de empreendedoras, número que representa cerca de 8% da população feminina brasileira, segundo uma pesquisa feita pela Serasa Experian. Além disso, a pesquisa também aponta que 43% dos donos de empresas no Brasil são do sexo feminino, como também 30% das empresas ativas no país tem mulheres como sócias.
Do mesmo modo, o orçamento familiar tem cada vez mais a contribuição e relevância da renda da mulher. De acordo com dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), a cada dez lares brasileiros quatro são chefiados por mulheres, dessas 41% são empreendedoras, ou seja, donas do seu próprio negócio.
A administradora e empreendedora Thaís Correia compartilhou sua trajetória e como decidiu estudar e empreender. Ela e seu esposo investiram em vários negócios, desde o ramo de construção até lanchonete, mas nada deu certo, ela acreditava que a falência era por falta de conhecimento e experiência. “Foi então que decidi fazer uma faculdade de administração, logo após fechar uma empresa que tínhamos, vi que apenas a vontade de empreender não seria o suficiente, eu teria que buscar mais conhecimento sobre como administrar uma empresa, para então voltar a empreender”, conta.
Dessa forma, ainda no primeiro ano da faculdade, ela e seu esposo abriram outra empresa, desta vez de representação comercial na área de seguros de automóveis. Como resultado dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, expandiram por todo o Paraná, além da empresa de representação, Thaís empreendeu em uma corretora de seguros para atender todos os segmentos e não apenas só automóveis.
Contudo, ainda que a mulher venha conquistando o seu espaço, com muita luta e esforço, a mão de obra feminina é pouco valorizada, existindo preconceito e descrédito. “Na área em que atuo, como corretora de seguros, onde a maioria são homens, vejo que algumas empresas de nossa cidade ainda preferem fechar negócios com homens ao invés de darem uma oportunidade para corretoras mulheres”, explica Thaís. Nesse sentido, as mulheres sempre devem estar capacitando-se para provar o quão qualificadas são, mesmo que, ainda não sejam remuneradas de acordo com suas capacitações e qualificações.
A conciliação da vida profissional e pessoal também é tratada, na verdade as mulheres definem quase como uma mágica, já que a maioria tem uma rotina muito corrida com o fato de empreender, aperfeiçoar-se, ter família, compromissos sociais etc. Equilíbrio é uma palavra que faz parte do dia a dia da empreendedora Thaís. “Busco sempre o equilíbrio, claro que, sem o apoio da minha família isso seria impossível, mas todos eles colaboram para que eu possa conciliar todas as coisas da melhor forma possível”, finaliza.