Por Julio Cesar

Quem nunca ouviu o bordão “o agro é pop, o agro é tech, o agro é tudo”? É fato que o agronegócio é uma das maiores forças que movimentam o país, levando nossos produtos para o mercado global e colocando comida na mesa de milhões de pessoas. No entanto, é preciso refletir sobre o outro lado da moeda: será que o agro é sustentável? O agro é justo? O agro é para todos?

O setor tem avançado. Novas tecnologias e práticas inovadoras estão transformando o campo, e isso merece ser reconhecido. Existem fazendas que são exemplos de como é possível produzir mais sem destruir o meio ambiente. Mas essa realidade ainda não se aplica a todos. Quando falamos de desmatamento, invasão de terras indígenas ou uso excessivo de agrotóxicos, é claro que nem tudo no agro é tão “tech” quanto parece.

Enquanto para alguns o agro é tudo, para outros ele representa a perda de terras, a destruição de florestas e a perpetuação da desigualdade. Muitas comunidades tradicionais e pequenos agricultores são forçados a abandonar suas terras ou enfrentam enormes dificuldades para competir com os gigantes do setor. E surge a pergunta: o agro é tudo, mas para quem?

Além disso, não podemos ignorar o impacto no meio ambiente. A busca por mais espaço para plantações ou criações tem devastado áreas como a Amazônia. Florestas que demoraram séculos para se formar desaparecem em questão de dias, levando consigo a biodiversidade, as plantas, os animais e o equilíbrio climático. O agro pode ser pop, mas será que ele está pensando no planeta?

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O agronegócio pode continuar sendo pop e tech, mas precisa ser responsável. É hora de pensar em soluções que respeitem a natureza, protejam as pessoas e garantam que o campo seja um lugar de oportunidade para todos. Porque, no fim das contas, o agro pode ser tudo, mas ele também precisa ser justo, sustentável e humano.

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