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Por Victor Freitas e Beto Gomes

Em nosso dia a dia nos deparamos com várias mulheres que se destacam em sua profissão. Em Ponta Grossa algumas se dedicam no trabalho de motoristas do transporte coletivo, espaço que ainda é dominado pelo público masculino.

Segundo a Viação Campos Gerais (VCG) a entrada das mulheres na empresa foi gradativa e começou em 2001 quando foram abertas as primeiras vagas para trocadoras. Depois foi aberta a escolinha para formação de motoristas, na qual quem tinha perfil, interesse e habilitação exigida se candidatava e depois passava primeiro para o trabalho como manobra e, estando apta, a trabalhar na linha.

Dois exemplos dessa realidade são a Rosemeri Santos, que faz a linha da Palmeirinha, e a Edimara Rodrigues, que conduz o ônibus articulado do Terminal de Uvaranas ao Central. Rosemeri trabalha há cinco anos na empresa e disse que sua maior dificuldade no começo foi lidar com os passageiros, já que ela dirigia micro-ônibus. Conta ainda que sua real motivação foi a desconfiança e o preconceito dos colegas de trabalho sobre sua capacidade.

Segundo a empresa, elas recebem o mesmo tratamento, o mesmo salário e a mesma tratativa quando se trata das escalas. “Vimos como uma abertura no mercado para uma profissão que muitos veem com machismo, mas que foi e vem sendo conquistado gradativamente graças à competência delas”, explica a assessoria de imprensa da VCG.

Edimara afirma que dirigir um ônibus era um sonho. Ela começou no lava-car da empresa, passou para manobra e logo depois se tornou motorista. No começo sua maior dificuldade foi o medo e disse que ainda existe certo preconceito, que em sua maioria vindo das próprias mulheres.

Mas o preconceito não é uma regra. Para Elizabeth, moradora de Uvaranas e usuária do transporte público em Ponta Grossa, a mulher é mais atenciosa e age com mais tranquilidade do que o homem, sem muitas freadas bruscas.

Já os registros no Serviço de Atendimento ao Usuário apontam que a grande maioria dos passageiros aprova o trabalho delas. Os relatos dão conta que elas dirigem com cuidado, são simpáticas e se colocam mais no lugar dos passageiros que os motoristas homens.

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