Por Maria Eduarda Oliveira Malucelli

Com a Covid 19, várias famílias precisam conciliar  o trabalho com os afazeres domésticos e a escola das crianças e enfrentam a exaustão.

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     Por Maria Eduarda

A crise do Coronavírus afetou absolutamente todo mundo, com as crianças não foi diferente. Mas, como prender a atenção dos pequenos numa fase onde a socialização com as outras crianças se faz tão importante? Como fazê-los levar a sério os estudos? Para isso não há fórmula mágica, ainda mais quando o responsável pela criança precisa conciliar o auxílio nas aulas junto ao trabalho.

  Para uma conversa sobre o assunto, convidamos a Dona Silmara, mãe da Ana Clara de 8 anos.

Redação: Como vêm sendo este período para a senhora e sua filha?

Silmara: No começo eu tentava distrair a Ana o máximo possível. Ela como não entendia direito o que estava acontecendo, até ficava animada em passar mais tempo comigo e fora da escola. Agora eu sinto que ela mesma já se cansou de tudo, assim como todos nós.

Redação: E quanto aos colegas de escola? Acha que ela sente muita falta das amizades?

Silmara: Com certeza, ela fala muito em vê-los novamente, brincar pertinho deles, por mais que a gente brinque com ela, não é a mesma coisa que o contato de outra criança. Elas se entendem praticamente com o olhar e nós adultos nos tornamos um pouco chato para elas.

Redação: E o trabalho? Como conciliar?

Silmara: Eu tenho que admitir que era mais fácil antes da pandemia, fazer o meu trabalho e ao mesmo tempo ajudar nas atividades da escola e fazer os serviços domésticos parece uma bola de neve, tudo se mistura na mesma hora por mais que você tente separar as coisas.

Redação: A tecnologia ajuda nessas horas?

Silmara: Demais, eu nem sou tão familiarizada com a tecnologia, mas tem coisas que eu nem lembrava que tinha aprendido e pedem na escola, e como a rede pública não faz vídeoaulas igual às particulares. Só a televisão e as atividades em papel que eles enviam não iam prender a atenção da Aninha.

Redação: E quando a tecnologia vira um empecilho ao invés de ajuda?

Silmara: Sem dúvida é quando a minha filha não quer largar do jogo para fazer as atividades, mesmo impondo os limites. É exaustivo, não só por isso, mas pela sensação de que todos os dias estão iguais, se isso já abala a gente que é adulto e entende do assunto, imagina quem é criança.

Redação: Se você pudesse sair com a sua filha, como seria o passeio perfeito?

Silmara: No parquinho, ela sempre fala dele e nós moramos perto de um. Voltando da escola ela sempre passava um tempinho brincando, depois tomava sorvete… É um passeio bem simples, mas essas coisas simples que mais estão fazendo falta no momento.

Redação: O que você diria para as outras mães e pais que estão passando por isso?

Silmara: Tenham paciência. Se está difícil para nós, está difícil para as crianças também, por mais que demonstrem sutilmente. Não vou dizer para tirar um tempo para si mesmo, porque eu mesma só consigo esse tempo hoje em dia dormindo, mas com muita paciência se consegue equilibrar um pouco.

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