Pais ou responsáveis devem comparecer ás escolas para votar 

Por Kamila Ferreira e David Haandel 

Nesses últimos dias, nos deparamos com a notícia de que quatro colégios de Ponta Grossa foram escolhidos para se adaptar ao novo método de ensino cívico-militar. Diante da grande repercussão que acabou gerando debates nas redes sociais, muitos pais, alunos e professores posicionaram-se para avaliar a situação.

No Paraná, segundo o governo estadual serão 216 colégios em 117 cidades do estado que seguirão o novo modelo de ensino a partir de 2021, nesse modelo serão dois diretores em cada escola, sendo um civil que irá cuidar da parte pedagógica e um militar que se encarregará de cuidar das questões de disciplina e hierarquia. De acordo com a secretaria de educação, a disciplina será mais rígida, mas não tanto quanto nos colégios do exército, quanto ao currículo dos alunos, eles passarão a ter reforços de português e matemática, além das disciplinas sobre bases do direito e cidadania que serão incorporadas á uma sexta aula do dia.

Para que seja aprovado os responsáveis legais dos estudantes terão que comparecer nas escolas que estão na lista para votar e decidir se esse novo método vai ou não ser aprovado pela comunidade escolar. Como foi uma notícia recente e que pegou todos de surpresa, muitas pessoas, a maioria (sendo) alunos das instituições, não gostaram nem um pouco da ideia, pois alegam que estão perdendo o direito de opinar e que a maioria dos pais irá votar por acharem o que é melhor para eles e não para seus filhos.

Kamila Ferreira e David Haandel    Foto de Pixabay

De acordo com a mãe de um aluno, ela diz ser algo bom para o patrimônio do colégio “Será algo bom para o patrimônio do colégio e para os alunos, isso não quer dizer que a escola vai virar um exército cheio demilitares, acredito na melhora do ensino e também como um incentivo no futuro dos alunos, para que saindo eles possam ver um futuro, tendo uma base para prestar vestibulares das faculdades públicas e não se obrigando a ir trabalhar para custear um ensino superior particular, pois, os estudantes da rede pública merecem a vaga nas instituições públicas também. Contudo, na precariedade das escolas no momento acredito que não se sintam preparados para isso, por isso, acho eu, que com essa colaboração estadual tenha uma melhora e fortaleça seus alunos, tanto na questão profissional como pessoal” finaliza Thaly Olicheski.

Para os alunos isso acabou se tornando um problema, pois, dividiu muitas opiniões e gerou diversos conflitos. Alguns apóiam, outros simplesmente acreditam que nada irá mudar, já que segundo eles, educação e respeito vêm de casa e devem ser ensinados pelos pais. É o que a aluna Flávia Maciel defende. “Disciplina e segurança não são responsabilidades da escola. Um ensino democrático é fundamental”, questionou ela.

 

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