Por Milena Batista

Devido à quarentena, empresas precisaram fechar por certo período. Turistas ainda não se sentem totalmente seguros para visitas, na pandemia.

O Parque Estadual Vila Velha, criado em 1953, localizado em Ponta Grossa e, que foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná no ano de 1966, é a principal atração turística da cidade, chamando a atenção dos amantes da natureza com suas impressionantes esculturas naturais, esculpidas pelas erosões eólicas e fluviais.

Ao mencionar sobre o cartão postal para alguém, as primeiras paisagens que vem a mente são os Arenitos; as Furnas e a Lagoa Dourada. Em 2020 e parte de 2021, por conta da covid-19, o mundo todo parou e, com isso, o parque precisou ficar fechado.

Em entrevista, Leandro Ribas, gestor da Soul Vila Velha (concessionária responsável pelo local) explicou sobre aqueles dias. “Em 2020, fechamos o parque em março e reabrimos com a nova estrutura no dia 4 de setembro. Em 2021, fechamos de 27 de fevereiro a 9 de março, nos dias 13 e 14 de março, além de 16 de março a 13 de abril”.

De acordo com isso, a pandemia prejudicou os funcionários do parque. “Acreditamos que o fator psicológico foi o mais prejudicado. Os nossos colaboradores amam a natureza e ficam felizes em ver os turistas aproveitando o parque. Neste tempo, todos ficaram em suas casas sem fazer o que realmente gostam. É diferente de ficar em casa de férias, por exemplo, onde você consegue sair, viajar. Foi um período difícil para todos, mas necessário”.

O gestor lembra que as atividades vêm voltando aos poucos. “Antes da quarentena, nos últimos sete meses, a média de público foi de pouco mais de 5.400 pessoas. Já nos últimos doze meses, mesmo com todos os protocolos de prevenção à COVID-19, a média de público chegou próxima a 5.500 pessoas. Um número muito significativo e importante para nós. Com o aumento gradual da população vacinada, esperamos receber cada vez mais turistas em nosso parque”.

Parte da população aguardou pelo menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus estar disponível, para assim visitar novos lugares, sentindo mais segurança. Stella Kucek, fez parte dessas pessoas.

A moradora de Curitiba falou sobre essa experiência: “Confesso que ainda não me acostumei a voltar à vida normal. Não consigo mais me aproximar de pessoas que não sejam a minha família. Álcool em gel nunca falta! Entretanto, poder sair com a garantia da minha família vacinada e protegida é muito bom”. Stella  visitou o parque pela primeira vez em setembro de 2021. “Gostamos muito da comida, além dos famosos arenitos. E eu, particularmente, da tirolesa”, disse.

Turismo foi uma das áreas mais prejudicadas

De acordo com o site PANROTAS, uma pesquisa realizada pelo WTTC, em parceria com a Oxfords Economics, antes da pandemia, viagens e turismo respondia por um em cada quatro novos empregos gerados no mundo, 334 milhões de empregos (10,6% do total) e 10,4% do PIB mundial (US$ 9,2 trilhões). Os gastos de visitantes internacionais chegaram a US$ 1,7 trilhão em 2019, 6,8% das exportações totais no planeta e 27,4% da exportação de serviços.

Já no ano de 2020, o turismo chegou somente a US$ 4,7 trilhões em receita, uma perda de quase US$ 4,5 trilhões, com a contribuição do PIB despencando 49,1% em relação a 2019, chegando a 5,5%. No ano passado, 62 milhões de empregos foram perdidos, fazendo com que apenas 272 milhões continuassem empregados na indústria, contra 334 milhões em 2019.

Já em uma pesquisa feita pela Booking.com, os turistas estão preferindo viajar aos destinos que sejam mais próximos de suas casas e em busca de locais que ofereçam segurança. Sem contar o isolamento social, o qual nos fez criar grande expectativa sobre uma maior valorização do contato e, em especial, exaltar ainda mais a preservação da natureza.

Com isso, a pesquisa também aponta que as pessoas estão cada vez mais dispostas a escolherem lugares sustentáveis para visitar, e que se preocupem com questões socioambientais.

Por fim, o site destaca que a maioria das viagens em meio à pandemia (considerando que ainda não acabou), fazem parte das comemorações de datas especiais ou viagens que foram canceladas e acabaram passando despercebidas, devido ao confinamento.

Comentários

comments

By admin

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *