Momento em que jogador da Fênix arremessava durante a partida

Em 15 anos de trajetória, equipe baiana supera dificuldades, desenvolve trabalho social e chega na Supercopa 2018 buscando alçar voos mais altos no cenário nacional

Por Gabriel Ipólito e Mateus Pitela

Momento em que jogador da Fênix arremessava durante a partida
Momento em que jogador da Fênix arremessava durante a partida

Um projeto que une inclusão social e cidadania ao esporte. Este é a equipe da Fênix Cajazeiras, time fundado em 2003 e que leva o nome do maior bairro habitacional de Salvador, capital da Bahia. Superando as dificuldades de se fazer basquete fora das principais ligas no Brasil, a Fênix chegou a Ponta Grossa para disputar a Supercopa Brasil de Basquete pelo segundo ano consecutivo, tendo conquistado o terceiro lugar na última edição.

A estreia da Fênix Cajazeiras não foi das melhores, perdendo por 66 x 49 para o time da ADRM/Maringá. Um dos fatores que pode ter sido determinante para o resultado foi a dificuldade para vir jogar o torneio, como relatou o presidente da equipe, Hermes Ramos da Silva. “A Supercopa do Brasil dura uma semana. Tivemos jogadores nossos que não puderam vir porque trabalham. Passar uma semana fora de casa e do trabalho é difícil”, conta o dirigente, que disse também que, sem os desfalques, o time poderia encarar de igual para igual todos os adversários do torneio.

O jogo fora das quadras

Além de se destacar em competições regionais e nacionais, a Fênix Cajazeiras também trabalha para promover o basquetebol na cidade de Salvador. Há 13 anos, o clube organiza o torneio Interbairros no município, que conta com a participação de 14 equipes. “A gente faz esse trabalho com a comunidade. Desde a base, nós acompanhamos o desempenho escolar das crianças. Além de formar um atleta, nós formamos um cidadão para a vida”, relata Hermes, que destacou também a ajuda do Governo Estadual da Bahia, num cenário em que o apoio ao basquete é escasso.

Hermes, que também é sargento da Polícia Militar, chegou a contar que, no ano passado, foi necessário realizar uma rifa para bancar a viagem para João Pessoa/PB, onde a Fênix se tornou vice-campeão nordestina e a terceira colocada na Supercopa.

Diante de todos os obstáculos encontrados no basquete brasileiro atualmente, o Fênix Cajazeiras resiste e já está em processo de profissionalização, a fim de aumentar sua estrutura e visibilidade nacional, para seguir transformando vidas e contribuindo com a sociedade, mantendo crianças e adolescentes longe da criminalidade através do esporte e da educação.

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