Por Mariana Gabriel
O coronavírus mudou a rotina de gente de todo o mundo. Os dois pontos de vista mostram como a doença fez e ainda faz as pessoas pensarem seus estilos de vida.
Para a estudante de engenharia química, Letícia Maciel de 20 anos, a falta de responsabilidade social é o que a entristece. “Parece que a gente está se cuidando à toa. Enquanto eu estou aqui sem sair, sem fazer nada, sem poder passear, as pessoas continuam vivendo como se não estivesse nada acontecendo, como se não vissem no jornal a quantidade de pessoas que morrem por dia.” Ela continua. “Se eu pudesse dar um conselho para quem está com vontade de dar aquela escapadinha, eu diria para continuar firme, está quase acabando, tudo isso vai passar!”.
Mesmo com a revolta de quem não está pensando no próximo, Letícia fala que está esperançosa com o futuro, que aprendeu a olhar para dentro e se respeitar, pois, acima de tudo a quarentena trouxe mais do que levou e que saíra do isolamento uma pessoa melhor para ela e para os outros.
Em contra partida, a estudante de pedagogia, Daiane Almeida dos Santos, de 21 anos, relata que a quarenta transformou a sua vida. “Ninguém esperava, principalmente eu que nunca fui acostumada a ficar dentro de casa. O isolamento social não é uma coisa que eu possa chamar de agradável”, explica.
Daiane se abre e fala que não está cumprindo o isolamento, que precisa sair para trabalhar e isso faz com que não se acostume a ficar em casa em momentos de lazer. “Não me sinto bem ficando trancada em momentos em que posso estar na casa das minhas amigas. Nunca estamos em mais de 10 pessoas, não há aglomeração aonde eu vou”.
A futura pedagoga concorda que o isolamento ainda existe para a proteção de todos e não apenas para tirar a liberdade de muitos. “A única prevenção do COVID-19 é o isolamento, a transmissão é muito rápida, eu sei que é uma forma de prevenção e de não tirar a minha liberdade”, completa.