Ponta Grossa

Empreendedores ponta-grossenses usam habilidade na cozinha para gerar a própria renda

Os pirogues de Ana e os brownies de Bruno fazem sucesso na cidade e garantem a vida das famílias

Por Gabriel Ipólito, Letícia Domingues, Sabrina Helena, Alexander Maurício e Alan Christian

De acordo com dados da Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) de 2018, realizada pela London Business School e Babson College (EUA), com parceria do SEBRAE e UFPR no Brasil, a taxa de empreendedores no país chegou a 38%, o equivalente a mais de 50 milhões de pessoas. Destas, 17% (24 milhões) tem menos de 3 anos e meio de negócio.

O número de empreendedores por necessidade oscilam ano a ano no País. Somente em junho de 2018, foram 156,5 mil novos microempreendimentos, o que apontou crescimento de 7,2%, em relação ao mesmo mês de 2017 (146 mil), e queda de 14,3% diante do número apurado em maio de 2018 (182,5 mil).

Ouça aqui um resumo da reportagem

Ana conta com a ajuda da família no negócio dos pirogues

Muitas vezes o talento aparece para suprir a necessidade. Esse é o caso de Ana Cecília Eleutério da Luz, que junto com sua família, produz pirogues caseiros, os quais chamam de ‘Delicias da Ana’. Ana Cecília trabalhava com seu esposo no comércio de baterias de carro que possuíam antes de começar a produzir os pirogues. Fazendo as receitas em casa, a família percebeu que os produtos  precisavam ser comercializadas para pessoas de fora.

Ana faz pirogues de diferentes sabores, como o de abóbora
Cada pacote contém 15 unidades e a própria família faz as entregas

As Delícias da Ana se espalharam pela vizinhança, e chegaram até alguns estabelecimentos importantes da cidade, como o restaurante Florenal. As atividades de fabricação, divulgação e distribuição são totalmente familiares e envolvem todos os sete filhos de Ana, até os dois que moram em Curitiba.

Ana é responsável pela produção, que conta com ajuda da filha Débora, seu braço direito. Além de auxiliar na cozinha, quando necessário Débora pega sua bicicleta e entrega a mercadoria para os clientes. “Eu fui quem mais acompanhei esse processo da minha mãe, porque eu fiquei desempregada algum tempo e aí comecei a produzir com ela. A gente fazia juntas, fechava juntas, brigava no meio mas seguia firme e forte. E ver ela crescer nisso é um orgulho porque é o trabalho dela, é a mão dela”, diz Débora, que além de trabalhar com a mãe, está no último ano do curso de Letras e já atua como professora.

Maria Isabel é encarregada da divulgação dos produtos no Facebook e Instagram, o filho Jonatas faz as entregas, tanto em Ponta Grossa quanto em Curitiba, e as duas filhas mais novas, Rebecca e Maria Natália, também ajudam na produção.

A família sempre está disposta a inovar na cozinha, mas para Ana, o sucesso de não errar, é ouvir a opinião de seu time. “Sempre que alguém fala de um novo sabor, a gente tenta fazer. Mas a gente só vende se todos da casa aprovar, e isso é o mais legal de trabalharmos juntos”. Ela diz que trabalhar com um negócio familiar traz grandes vantagens. “A gente não é uma família perfeita, porque isso não existe. Mas é muito bacana a gente se unir e cada um se encaixar no ramo. E é uma coisa que eu gosto de fazer. Eu amo o que faço, isso é muito bom”. Por outro lado, a principal dificuldade que Ana costuma enfrentar, é a distância na entrega dos produtos. ­Hoje, os pirogues são a principal fonte de renda na casa.

Ana produz pirogues de diferentes sabores, como o de abóbora
Ana produz pirogues de diferentes sabores, como o de abóbora

 

Bruno deixou o emprego em uma grande empresa para vender brownies

Quem gosta de explorar as opções culinárias de Ponta Grossa pode já ter conhecido o ‘Mano Brownie’. Os doces, que fazem sucesso nas redes sociais e são vendidos em alguns estabelecimentos da cidade, são feitos por Bruno Carriço, 23 anos, que toca o negócio ao lado da namorada e sócia Flávia, de 19. Antes de começar o próprio negócio, Bruno era Planejador de Manutenção em uma grande empresa do ramo do agronegócio e Flávia era servidora pública. “Ter uma empresa, vender e construir algo meu, sempre foi um sonho. Porém a ideia de começar com os brownies surgiu em julho de 2018, depois de comprar um brownie ruim. Ele era abaixo do esperado, a entrega era complicada, vi aí uma oportunidade legal”, narra Bruno.

Ele também aponta que trabalhar com a própria fonte de renda tem suas prós e contras. “A vantagem é fazer aquilo que ama, estar com as pessoas que quer estar. Você monta seu negócio da melhor forma pra você, claro que visando o cliente também”, afirma. “Uma grande dificuldade é a disciplina, fazer coisas necessárias que nem sempre você quer fazer, respeitar horários, é entender que sua parceira ali na empresa é sua sócia. Saber dividir o pessoal do profissional”, descreve o empresário. Diante dessas dificuldades, Bruno destaca que é importante saber aprender com os erros, principalmente na fase inicial do empreendimento. “Ter seu próprio negócio não é uma coisa pronta. Você erra, acerta, erra de novo. Nos primeiros meses ficamos com o caixa zerado muitas vezes até tudo dar certo”, ressalta.

Bruno e Flávia trabalham com os brownies há pouco mais de um ano
Bruno e Flávia trabalham com os brownies há pouco mais de um ano

Com cerca de um ano de empresa, o casal já tem uma série de planos para o futuro: uma cozinha própria, que já está sendo construída, vender para outros estados e abrir um café. “Acredito que temos oportunidade de ajudar muitas pessoas ainda”.

Um aliado importante no crescimento do Mano Brownie são as redes sociais. Bruno afirma que sem elas, o negócio não chegaria a ser o que é tão rápido quanto foi. “Ter uma página, se aproximar dos clientes é um requisito mínimo que as redes sociais ajudam muito. Traz muita visibilidade. Uma proximidade com o público que há alguns anos não seria possível sem investir em propaganda ou marketing”, argumenta Bruno. O perfil do Mano Brownie no Instagram tem mais de 2 mil seguidores.

2 thoughts on “Empreendedores ponta-grossenses usam habilidade na cozinha para gerar a própria renda

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