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Eduardo Venture conta desafios e aprendizados da música durante a pandemia

Por: Amábile Galvão

Luís Eduardo Simões, mais conhecido como Eduardo Venture, de 20 anos é cantor e compositor na cidade de Ponta Grossa. Ele começou a carreira em 2016 tocando contrabaixo em uma banda de Pop Rock, mas a pouco mais de um ano começou o seu projeto solo, ingressando no gênero sertanejo e pop. “Música sempre foi a minha paixão. Com a música já conheci pessoas incríveis, já consegui mostrar meu trabalho na TV, recebi convite de gravadoras, falta algumas coisinhas para alcançar meu objetivo principal, mas tudo vai dar certo”, afirmou Eduardo.

Carisma e bom humor não faltam nas apresentações, levando não só música, mas também alegria por onde passa, mesmo com a mudança no estilo, Eduardo segue crescendo e deixando a sua marca. “Com a mudança de estilo musical senti que meu público mudou bastante, mas nessa minha trajetória fiz muitos amigos e continuo fazendo amigos por onde passo.A música salva vidas, anima o desanimado, arranca sorrisos de quem não vê motivos para sorrir”, declarou o cantor.eduardo 2

Covid-19, distanciamento e nova “aproximação”

Após a pandemia do novo Coronavirus, para garantir o isolamento social, bares, restaurantes e eventos foram fechados ou cancelados para evitar a propagaçãodo vírus. “No começo do Covid em Ponta Grossa eu decidi desmarcar tudo o que já tinha agendado, antes mesmo do decreto para fechamento dos estabelecimentos, como ainda morava com meus pais e com caso de hipertensão e demais problemas cardíacos na família, decidi que não queria levar para casa, não tinha muito conhecimento sobre o vírus e não achei justo com a minha família expô-los de tal forma a doença, mesmo que indiretamente” explicou.

No dia 7 de agosto o decreto 17.576 determinava mudanças para a reabertura de bares e lanchonetes. Um plano individual de funcionamento foi elaborado para indicar o horário de funcionamento, quantidade de pessoas permitidas e formas de higienização para a prevenção do Covid-19 foram as adequações que esses estabelecimentos tiveram que apresentar para voltar à rotina.

Não somente os estabelecimentos tiveram que se adequar as novas medidas, Eduardo também precisou fazer algumas mudanças. “Depois que me mudei e fui seguir minha vida, acreditei que era possível seguir um sonho seguindo as orientações necessárias e desde então estou trabalhando bastante para que isso aconteça. Não basta sorte tem que suar um pouco a camisa (risos). Eu sempre fui muito afetivo com os amigos e clientes e atualmente tenho que conter os abraços, ando com um frasco de álcool na bolsa e no carro para sempre higienizar as mãos e demais medidas para que o show não pare”, contou.

Eduardo é um dos poucos que conseguiu se manter perante a crise, visto que com a queda de eventos, muitos músicos tiveram a vida financeira abalada. “A vida financeira não foi tão afetada por incrível que pareça, eu tenho outras atividades e graças a isso consegui manter minhas ‘continhas’ em dia.Os músicos da região sofrem ao extremo com a falta de valorização, e justamente por isso não há possibilidade de viver somente da música, mesmo com a agenda fechada por um bom tempo” explicou o artista.

Antes da reabertura de bares e restaurantes, a medida encontrada por alguns cantores e empreendedores foram as famosas lives, que fizeram bastante sucesso nesse período de isolamento. “Durante o fechamento total o que manteve o entretenimento familiar foi a música, com as lives, e foi um momento de aproximação e distanciamento ao mesmo tempo, aproximando o artista do público e os familiares da própria família, que na correria do dia não sentavam em seus sofás para conversarem” relatou o cantor.

Apesar do número de shows ter diminuído, projetos e metas não param. “Eu perdi um pouco do ritmo, estava acostumado com a ‘loucura semanal’ que começava na quinta-feira e só parava no domingo. De certo modo afetou muito minha rotina. Minha meta até dezembro é gravar algumas músicas autorais e mandar para uma produtora”, confidenciou.

O distanciamento vem deixando feridas e cicatrizes por todos os lados, a mudança no comportamento, um novo modo de aproximação precisou ser estabelecido, para manter o fogo do toque. “O distanciamento já está deixando marcas nas nossas vidas, não imaginávamos que um abraço, um beijo, um aperto de mãos faria tanta falta. Espero com todas as minhas forças que tudo melhore logo. Eu espero que possamos manter a música viva no coração das pessoas nesse momento difícil. A música salva!”, concluiu Eduardo.

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