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Costureira fala sobre três décadas de trabalho na ponta da agulha

Por Gabriel Ramos de Lima

Com quase 32 anos de carreira como costureira na área da moda de Ponta Grossa, Nice França conta um pouco mais sobre uma história de profissionalismo e reinvenção

Dos reparos mais comum até a alta costura, Nice França é um dos principais nomes da área da moda nos Campos Gerais. Além de contar com mais de 30 anos de experiência no ramo, Nice dá uma aula de profissionalismo e reinvenção durante a pandemia.

Segundo ela, a caminhada com a costura começou quando tinha apenas 14 anos, ao fazer um curso no SESI (Serviço Social da Indústria). O que começou apenas como um hobby voltou anos depois como uma importante fonte de renda, quando o primeiro filho nasceu prematuro, e ela precisou passar mais tempo em casa, tendo que largar o emprego onde trabalhava com finanças administrativas.

“Para não parar de trabalhar eu comecei a fazer roupinhas para nenê, de tricô, na máquina mesmo. Com o passar do tempo, eu comecei a complementar meus trabalhos com costura, porque é uma coisa que eu sempre gostei muito de fazer”, conta a costureira. Nice começava aqui a construir um nome e uma carreira de décadas na moda ponta-grossense.

Ela conta que neste ramo, o estudo e a inovação devem ser constantes. Sempre por dentro de novas tendências, Nice começou a produzir vestidos de festa, formaturas e para noivas, sendo está a área pela qual mais é conhecida. “Em média, eu faço uns 200 vestidos por ano” afirma. A profissional ainda atua produzindo peças piloto para faculdades de moda e também para estilistas, uma das maneiras que encontrou para se manter sempre em contato com a inovação da moda.

Ouça: Confira algumas dicas de Nice França para que profissionais da costura se mantenham atualizados e acompanhando a evolução da moda.

Nice foi duramente afetada pela pandemia. “Com a pandemia, eu não achei que ia morrer de COVID, mas achei que ia morrer falida”, conta a costureira. Com o cancelamento dos eventos por praticamente dois anos, Nice precisou se reinventar, e o fez com maestria.

“Então eu comecei a fazer máscaras, fazer jalecos, fazer costura comum por que tinha que sobreviver. Mas deu tudo certo, funcionou. Agora com a volta dos eventos, tudo está meio complicado, por que as costuras comuns tem uma procura muito grande, mas eu também tenho vestidos de festas que estão encomendados desde o começo da pandemia, e agora eu preciso dar conta de tudo”, conta Nice, que diz ter um número triplicado de clientes no momento.

No final da conversa, ela se diz muito feliz pela profissão e carreira que desenvolveu. “Eu me sinto muito feliz sabendo que eu estou colaborando com a felicidade das formandas, das noivas e de todas as clientes em geral. Para mim é um orgulho enorme”.

Ouça: Nice França conta como superou a crise transida pela pandemia se reinventando ao ponto de triplicar os clientes.

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