Pato Basquete: experiência e juventude, combinação de sucesso dentro e fora de quadra
Por Dani Ribeiro, Laísa Morais e Stefhani Romanhuk
Uma das equipes que está participando da 8ª edição da Supercopa Brasil de Basquete veio da cidade de Pato Branco. O time que representa o sudoeste do estado foi convidado para participar da competição que pela primeira vez é realizada no Paraná. A equipe Pato Basquete é relativamente jovem, mas trouxe na bagagem a experiência de um técnico que já passou pela seleção paranaense de basquete e NBB, a liga oficial do Campeonato Brasileiro de Basquete.
Carlos Magno Lettrari dos Santos, 39 anos, natural de Goioerê, hoje vive o sonho de trabalhar com esporte. “Eu amo o que eu faço e faço o que eu amo, sou grato a Deus pela oportunidade que me deu”, afirma. Mas para chegar até aqui o caminho foi longo. Antes atuou no comércio de tintas e com esforço conseguiu formar-se em educação física pela Unipar (Faculdade Paranaense). Lettrari viajava cerca de 150 km por dia para Umuarama em busca do “canudo”.
No ano de 2005 Carlos deu início a carreira de técnico de basquete na cidade natal, Goioerê. Depois atuou na seleção paranaense como assistente técnico do time principal e técnico nas categorias de base. Em março deste ano, recebeu a proposta para assumir o Pato Basquete e fazer parte de um grande projeto que pretende fomentar o basquete na região Sudoeste, levando o esporte para todos os bairros, investindo nas categorias de base e fortalecendo o profissional. Para alcançar os objetivos a diretoria conta com departamentos comercial e de marketing que, juntos, têm buscado atrair recursos por meio de apoiadores, sócios-torcedores e patrocinadores, para assim, melhorar a estrutura do clube e possibilitar que o Pato alcance voos cada vez mais altos.
Atualmente a equipe liderada por Carlos tem no elenco alguns jogadores amadores, que se dividem entre o basquete e seus empregos. Esse é um dos maiores desafios encontrados fora da elite do basquete, e razão pela qual o Pato Basquete veio em número reduzido para disputar a Supercopa Brasil. Além de três atletas lesionados, alguns não conseguiram licença no trabalho.
A rotina de treinos e compromissos no Pato Basquete é puxada, e exige dedicação e algumas renúncias por parte de todos, inclusive do técnico. Morando longe da família, a saudade da filha Isadora, de sete anos, que reside em Goioerê, é uma dificuldade que deixa o coração de Lettrari apertado, ao mesmo tempo em que o incentiva a não parar diante dos obstáculos. “Ela nasceu prematura, ficou 12 dias internada, entre UTI e CTI, quase veio a óbito. Nos momentos mais difíceis eu sempre me apego a ela porque ela foi exemplo de superação”, completa emocionado.