Os medicamentos que deveriam ajudar acabam agravando a situação
Os medicamentos que deveriam ajudar acabam agravando a situação
Os medicamentos que deveriam ajudar acabam agravando a situação

Por Ciriane Shaniuk e Isabel Aleixo

O número de pessoas que faz o uso de antidepressivos aumentou consideravelmente nos últimos tempos. Embora tenham a função de amenizar os sintomas da depressão e trazer bem estar aos usuários, esses medicamentos quando tem o uso interrompido podem causar síndrome de abstinência.

No primeiro semestre de 2017 o crescimento na venda de antidepressivos foi de 4,22% para marcas reconhecidas, 6,23% para os similares e 21% para os genéricos, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos.

O consumo desses medicamentos em longo prazo causa no paciente a necessidade de manter o uso. Desse modo, quando interrompido surgem alguns sintomas que podem se tornar mais intensos e serem confundidos com outras doenças.

Segundo a farmacêutica Andressa de Ramos Carneiro, o antidepressivo clonazepam é um dos remédios mais vendidos atualmente. Ele acalma os nervos, ajuda na insônia e descontrai o usuário. Entretanto, é um medicamento tarja preta.

O tratamento mais indicado para a síndrome de abstinência é reiniciar o uso da droga e diminuir as doses gradativamente até a interrupção por completo. “O tratamento também inclui a psicoterapia e atividades físicas ou trocar por outro antidepressivo”, explicou o psiquiatra Brunno Partica. Segundo o psiquiatra, a família precisa reformular o estilo de vida do paciente, incentivando buscar novos hábitos.

Daniel Godoy sofreu de abstinência, e relatou que o tratamento durou aproximadamente três anos, sendo que nos últimos seis meses reduziu as doses gradativamente até receber alta. “Sofria de ansiedade, insônia, pânico, paranoia e dores psicológicas”, contou.

Embora passem despercebidos, deve se atentar a qualquer um desses sintomas e procurar ajuda médica especializada. Assim como qualquer droga, quanto antes o tratamento iniciado melhor a resposta do paciente.

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1.011 thoughts on “Abstinência de antidepressivos”
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