Profissional diz que falta estrutura

Ana Lima

Profissional diz que falta estrutura
Profissional diz que falta estrutura

A saúde brasileira há muito tempo vem passando por um longo período de crise. A falta de investimento público, organização por parte das secretarias e rombos e o mal-uso da verba que deveriam ser destinadas a população, traz regresso ao país que tanto luta para ser reconhecido como primeiro mundo.

A.M.L, profissional da saúde que há 17 anos se dedica a rede pública de saúde explica que o problema começa na infraestrutura que deveria ser a base do atendimento. É o primeiro ponto a ser analisado. A precariedade dos prédios muitos com rachaduras, caindo literalmente pedaços em pacientes em atendimento, os PSFs (Postos de Saúde da família) sem condições de atender e falta de profissionais, principalmente médicos, não havendo macas, cadeiras e nem mesas.

Quando se tratando da medicação necessária para manter a unidade, o pedido de medição é feito por uma farmacêutica, porém os pedidos quase sempre chegam pela metade e novamente por falta de opções o improviso entra em ação como por exemplo o médico prescrever uma determinada medicação em um soro de 100ml, porém ter disponível no posto apenas 250ml, desprezando 150ml para fornecer ao paciente a dosagem e causando uma perda para posto. Nas farmácias públicas ocorre a mesma falta, o pedido feito não é suficiente para atender a população a qual se obriga a comprar e muitas vezes o preço elevado.

A.M.L. relata que “profissionais capacitados não faltam, já que recebemos treinamentos mensais sobre RCP(reanimação cardiopulmonar), PCR (parada cardiorrespiratória), dentre outros, havendo disponíveis bons cursos de técnicos de enfermagem e graduação na área nos campos gerais, tendo bons professores, grade e formando profissionais prontos para atuar”.

Ou seja, a saúde brasileira para melhorar depende do verdadeiro investimento dos governos federal, estadual e municipal principalmente renovando a infraestrutura e priorizando o exata entrega dos medicamentos nos postos e farmácias, tirando dos ombros dos servidores o peso da sua falta, dando a eles meios de atender dignamente os pacientes e exercer sua profissão com orgulho, já sendo exercida com cuidado, amor e respeito.

 

*A.M.L foi o nome fictício para preservar a identidade da fonte, por pedido da mesma.

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