Por Renata Santos        

 

A rivalidade entre os times paulistas Corinthians e Palmeiras nunca foi segredo pra nenhuma pessoa, ela goste e entenda de futebol ou não. E no meio dessa rivalidade encontramos alguns torcedores que mesmo rivais estão juntos de alguma forma.

É o exemplo do casal Rhaiana Mendes e Lucas Garcia. Rhaiana, que tem 25 anos e é formada em Engenharia da Computação, não esconde seu amor pelo timão Já Lucas, 29 anos e é formado em Farmácia, é um torcedor alviverde desde criança. O casal conta que essa rivalidade não atrapalha o relacionamento no dia-a-dia, exceto quando em clássico entre os times. “Quando tem jogo do Corinthians contra o Palmeiras, aí não tem amor, é cada um para o seu lado e se meu timão ganha, o Lucas fica brabo o resto do dia, mas depois esquece, já se acostumou a perder”, diz Rhaiana rindo.

Lucas responde bem humorado. “Mas, se meu verdão ganha, nem janta ela quer fazer, aí preciso apelar para pizza”. Casais assim estão por todos os lugares e essa rivalidade até tem sido inspiração para books fotográficos.

Esse tipo de situação com casais que torcem para times esses dois times já foi até tema de um filme brasileiro, “O Casamento de Romeu e Julieta” (2005), com direção de Bruno Barreto, onde Julieta, interpretada por Luana Piovanni é palmeirense e, inclusive, filha de Alfredo (Luis Gustavo) que é um dos membros do conselho do time. Ela se apaixona pelo Romeu, interpretado por Marco Ricca, corinthiano roxo. Durante o filme, Romeu precisa fingir ser torcedor do Palmeiras para que o pai de Julieta o aceite, mas a situação sai do controle ao sogro tornar Romeu sócio do time e ainda levá-lo para um jogo do verdão em Tóquio.

Outra relação encontrada  nessa rivalidade dos dois times é entre irmãos. Luiz Gabriel Nascimento, que tem 18 anos e é estudante e corintiano. O irmão Alexandre Nascimento, também estudante, 21 anos, torce para o Palmeiras e até participa de uma torcida organizada do time. A mãe deles, Patricia Nascimento, conta que essa divisão de times aconteceu devido aos avôs dos meninos. O pai de Patricia torcia para o Corinthians o sogro para o Palmeiras. Os meninos ganhavam dos avôs uniformes e adereços dos dois times desde pequenos e com o passar dos anos eles foram tomando partido de um dos lados e acabaram escolhendo, mas mesmo assim os presentes ainda continuam existindo como relata Patricia. “Meu pai, no fim de ano, sempre dá alguma coisa do Corinthians para o Alexandre. Ele diz que é para provocar, mas eu acho que ele ainda tem esperança que o neto mude de lado”.

 

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